“Advento, tempo de Esperança” - Arquidiocese de Fortaleza
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“Advento, tempo de Esperança”

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista

A espera traz alegria!
O tempo do Advento tem uma espiritualidade muito encarnada na vida das pessoas. Se não é encarnada, não é espiritualidade. Como o Filho de Deus assumiu a condição humana, a espiritualidade só será consistente se for também humana. Por isso, quando a gente recebe a notícia que vai chegar alguém muito querido, o coração bate forte. Ficamos ansiosos. É o que vemos na história da salvação: A humanidade esperou por tanto tempo a vinda do Messias. Os profetas viram de longe e se encheram de alegria. O Anjo anunciou a Zacarias o nascimento de João que vinha “preparar o caminho”. De João Batista, diz o Anjo: “Muitos se alegrarão com seu nascimento” (Lc 1,14). O Anjo anunciou também o nascimento de Jesus. O sentimento que domina é a alegre esperança. É o que os evangelhos proclamam, a liturgia celebra, e a comunidade vive. Podemos dizer que o Natal virou comércio. Mas é por causa de Jesus, mesmo que a sociedade não o perceba. A liturgia, no decorrer dos tempos, foi organizando o ciclo das festas. Primeiramente formou o ciclo pascal com a festa da Páscoa. Depois surgiu a Quaresma e o Tempo Pascal. Seguindo o mesmo esquema, organizou-se o tempo da Manifestação do Senhor que compreende o Natal, sua preparação com o Advento e as celebrações do tempo do Natal com a Epifania. Isso se deu no século VI e VII. Neste tempo salientamos a Esperança como fruto da fé.

Cristo nossa vida
O que celebramos neste tempo? Temos que entender que o Mistério Pascal de Cristo é um único mistério vivido em suas diversas faces. Neste tempo vivemos nossa salvação a partir da Encarnação de Jesus. Nela temos a entrega de Jesus ao Pai pela salvação do mundo, como vamos contemplar na Páscoa. Por que o Filho de Deus se encarna? Para estabelecer a comunhão conosco e nos convidar a viver sua Vida. Ele abre para nós as portas da Vida Eterna. A Encarnação é um Mistério inconcebível. Como Deus se faz gente? Precisamos entrar cada vez mais em comunhão com Deus para poder compreender este acontecimento de Deus em nossa Humanidade. Na pessoa de Jesus há duas naturezas, a divina e a humana, que são uma só Pessoa. Deste modo nossa natureza humana está unida intimamente à pessoa de Jesus. Ele é de nossa carne, raça e gente.

Uma Igreja grávida
O presente que Deus nos dá é o Filho Bendito. Por que a gente foge de Jesus? Porque acolher o amor de Deus é comprometer-se com o amor sem o egoísmo. Ao iniciar o tempo da Manifestação do Senhor, estejamos abertos e prontos a refletir, amar e acolher aquele fogo de amor que sai do berço onde dorme uma Criança que é o Amor. A Manifestação do Senhor lembra-nos também que um dia Ele virá para nos levar consigo e completar a total libertação de todo o Universo com o fim dos tempos. É sempre uma presença amorosa e salvadora. Faça a experiência de se abrir, fazer um presépio no coração e acolher Aquele que vem. Nós sabemos que O acolhemos, quando acolhemos os outros. Deus, pelo Anjo, se manifesta a Maria que O acolhe. Como símbolo da humanidade, se engravida. No seu seio está o Redentor. Na preparação do Nascimento, contemplamos a Mãe grávida por obra do Espírito Santo. Como Maria esperava o Menino? Ela o deu ao mundo. Igualmente a Igreja está com Ele em seu seio. Ela é também mãe grávida. Ela, através dos seus filhos o gera ao mundo para que a vida de comunhão com Deus seja experimentada na vida de comunhão dos irmãos.

Por: Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista

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