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Jovens brasileiros participarão do evento global Economia de Francisco e Clara

Mais de 100 jovens do Brasil devem estar presentes nas atividades, entre as quais a assinatura pelo Papa Francisco do Pacto por uma nova economia.

Vatican News

Num processo convocado em 2019 pelo Papa Francisco, o evento global da Economia de Francisco terá seu ápice nesta semana, de 22 a 24 de setembro, com o encontro de jovens de todo o mundo em Assis, na Itália, a partir da proposta de uma nova economia, diferente da “economia que mata”, como tem sido caracterizada a realidade econômica atual. E mais de 100 jovens do Brasil devem estar presentes nas atividades, entre as quais a assinatura pelo Papa Francisco do Pacto por uma nova economia.

A jovem catarinense Gabriela Consolaro Nabozny, membro da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara e formadora nacional da Juventude Franciscana do Brasil, é uma das que estarão em Assis para participar da programação do evento global. No dia 23 de setembro, ela irá mediar uma das seis conferências que reunirão jovens economistas e empresários em diálogo com palestrantes internacionais.

Pontes entre o centro e a periferia

“No evento principal, vou participar de uma conferência com o padre Vilson Groh, de Florianópolis (SC), e que trabalha nas periferias há 40 anos e desenvolve muitos projetos sociais. Nessa conferência, de título “Os caminhos para um novo pacto educativo e econômico, construindo pontes entre o centro e a periferia“, nós vamos discutir um pouco da territorialização da economia de Francisco e Clara”, contou Gabriela.

A partilha na conferência diz respeito à incidência das propostas do Pacto Educativo Global e do pacto por uma nova economia na vida das comunidades e na vida do povo. “Faremos esse debate para partilhar um pouco das nossas realidades aqui do Brasil, principalmente das periferias, no evento global”, ressalta.

Casas de Francisco e Clara

Gabriela conta também que seu grupo vai apresentar um projeto desenvolvido em Florianópolis, que é um espaço imerso nas comunidades chamado Casas de Francisco e Clara para discutir novas economias, novas relações, a partir da economia de Francisco e Clara e do magistério do Papa Francisco.

“Aqui em Florianópolis, conseguimos alugar uma casa na comunidade do Monte Serrat, em que vamos receber intercambistas de vários países que trabalharão nos projetos sociais do bairro e também continuaremos fazendo formações, partilha, teremos um espaço de trabalho, de estudo para os jovens da comunidade. Também será um lugar de contemplação, de mística, de espiritualidades plurais e libertadoras. E algumas dessas ações nós vínhamos desenvolvendo na comunidade, mas ainda não tínhamos esse espaço exclusivo pra isso”, revela.

No último 7 de setembro, o local recebeu a primeira reunião por ocasião do Grito dos Excluídos.

“Apresentaremos esse projeto a partir de um pôster e levaremos um pouco de toda essa caminhada que, desde 2019, a gente trilha aqui no Brasil com tantas pessoas, de tantas partes do Brasil que também contribuíram pra gente pensar novas economias e nem todas estarão conosco em Assis, mas, certamente, levaremos todas nas nossas discussões, nas nossas propostas, nas nossas inserções, apresentações”, ressaltou Consolaro.

Sobre a preparação, ela partilhou das idealizações feitas a respeito da experiência que virá, mas que o processo é acompanhado pela oração e pela expectativa da comunidade.

Educação financeira

Quem também apresentará no evento uma experiência é o casal de jovens da arquidiocese de Cascavel (PR), Ana Carolina Fernandes Alves, que é mestre em economia, e Augusto Luis Pinheiro Martins, que é filósofo, teólogo e pós-graduado em análise comportamental e clínica. Eles desenvolveram um projeto chamado ‘Educação financeira para a vida’, que nasceu a partir do Trabalho de Conclusão de Curso de Ana Carolina, na faculdade. “Vimos a necessidade que o povo tem de saber lidar melhor com as finanças e estamos propondo uma economia que inclua, que gere vida”, salientou Ana.

O conteúdo une a economia com a espiritualidade e a Doutrina Social da Igreja, a partir da espiritualidade Franciscana e Inaciana. “Bebemos das fontes de São Francisco, Santa Clara e Santo Ignácio de Loyola para desenvolver esse trabalho”, disse a economista.

O projeto tem o objetivo de educar as famílias, pessoas, instituições e comunidades para uma melhor relação com o dinheiro, a partir de vários desdobramentos práticos, como: programas de rádio em podcasts, que já são ouvidos em 44 países e reproduzidos por duas rádios, uma do Paraná e outra de Santa Catarina; além de oficinas, palestras e cursos presenciais em universidades, paróquias e grupos de jovens.

As informações dessa experiência são da Revista Nossa Senhora Aparecida e do site da Arquidiocese de Cascavel, publicadas no Regional Sul 2 da CNBB.

Fonte: Vatican News

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