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Editorial do Arcebispo de Fortaleza – mês de Julho de 2016

“Caminhamos com Maria, Mãe de Misericórdia.”

 

“Salve Rainha, Mãe de Misericórdia…

Estamos vivendo o Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia. De modo especial neste ano gostaríamos de motivar a nossa “Caminhada com Maria” realizada na celebração de Nossa Senhora da Assunção, Padroeira da Cidade de Fortaleza, nossa Mãe, Mãe da Igreja, na mesma celebração jubilar.dom-josé-antonio_

Há catorze anos estamos, Igreja de Deus em Fortaleza, realizando esta manifestação pública de caminho com Maria, a Mãe de Jesus dada a nós no momento redentor da cruz (cf. Jo 19, 25-27). Verdadeira discípula do Senhor, ela nos ensina com seu seguimento de Jesus o nosso próprio seguimento de discípulos. De fato, Jesus nos disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vai ao Pai se não por mim.” (Jo 14,6). E do próprio testemunho da Palavra de Deus vemos Maria no seguimento perfeito deste Caminho em todos os seus passos: do nascimento e infância, pela vida pública no anúncio do Evangelho, na paixão e morte de cruz até a glória da ressurreição.

O Santo Rosário propõe maior conhecimento dos mistérios de nossa redenção: desde o acolhimento da Palavra de Deus que em nós desperta a firmeza da Fé, pelo caminho no seguimento de Jesus que dá a alegria da Esperança, até a solidariedade na Caridade que nos faz viver a Vida de Deus.

Assim nos recorda o Papa Francisco na Bula que determinou o Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia: “O pensamento volta-se agora para a Mãe da Misericórdia. A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus. Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu amor. Escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, Maria foi preparada desde sempre, pelo amor do Pai, para ser Arca da Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia divina em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, no limiar da casa de Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende « de geração em geração » (Lc 1, 50). Também nós estávamos presentes naquelas palavras proféticas da Virgem Maria. Isto servir-nos-á de conforto e apoio no momento de atravessarmos a Porta Santa para experimentar os frutos da misericórdia divina. Ao pé da cruz, Maria, juntamente com João, o discípulo do amor, é testemunha das palavras de perdão que saem dos lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido a quem O crucificou, mostra-nos até onde pode chegar a misericórdia de Deus. Maria atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém. Dirijamos-Lhe a oração, antiga e sempre nova, da Salve Rainha, pedindo-Lhe que nunca se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus. (MV 24)

Com meditações colhidas da Palavra de Deus, do Ensinamento da Igreja, na contemplação e oração, nos fazemos abertos à ação do Espírito Santo. Como em Maria, quer se encarnar Jesus em nós, fazendo-nos na misericórdia um com Ele e entre nós – seu Corpo, sua Igreja.

Desejamos que todos possam melhor colher os frutos de nossa redenção que o Senhor disponibiliza aos que se abrem ao Seu Amor. Que nossa Igreja e cada um de nós sejamos “Misericordiosos como o Pai” (Lc 6, 35).

 

+ José Antonio Ap. Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano

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