Tolerância: uma questão de sobrevivência - Arquidiocese de Fortaleza
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Tolerância: uma questão de sobrevivência

O dia 16 de novembro foi instituído pela ONU como o “O Dia Internacional para a Tolerância”. A tolerância é uma atitude fundamental para quem vive em sociedade. Uma pessoa tolerante normalmente aceita opiniões ou comportamentos diferentes daqueles estabelecidos pelo meio sociais. Diariamente encontramos exemplos de intolerância. Encontramos na política, no trânsito, nas longas filas de pessoas esperando atendimento nas repartições públicas, nos jogos esportivos, em igrejas, em escolas, em profissões, e até em centros de detenção etc.

O que é que nós entendemos pela palavra tolerância?

Encontramos duas definições básicas nos dicionários: a) a capacidade de resistir a situações desfavoráveis, e b) uma atitude que consiste em mostrar-se razoável, compreensivo para com as ideias, crenças religiosas, sistemas políticos diferentes ou contrários. A palavra vem do latim tolerantia, derivado de tolerare, “suportar”. Na segunda definição a palavra tolerância assume  um valor positivo ligado a uma modalidade especial de administrar conflitos.

Perante um conflito há pelo menos três maneiras de reagir: a) atacando, através de comportamento agressivo; b) retirando, através de comportamento passivo e c) negociando como um valor a conquistar através de comportamento assertivo, mas razoável e realista de si mesmo e do outro. Este último tipo é que nós precisamos cultivar hoje. A tolerância é uma atitude fundamental para quem vive em sociedade.

Uma pessoa tolerante normalmente aceita opiniões ou comportamentos diferentes ou divergentes daqueles estabelecidos pelos meios sociais ou no seu próprio grupo. O conceito de intolerância se aplica em diversos domínios. Por exemplo: intolerância social, intolerância civil, intolerância religiosa, intolerância racial (nordestino e negro), intolerância sexual (os homo afetivos e outros da LGBT) etc.

É importante evitar a tolerância passiva “aquela atitude de quem aceita a existência com o outro não porque o deseje e veja algum valor nisso, mas porque não o consegue evitar” (L. Boff). Enquanto é importante incentivar a tolerância ativa numa atitude de quem positivamente convive com o outro porque tem respeito por ele e consegue compreender os valores da diferença e se enriquece por eles. Porém, há unanimidade que a tolerância é antes de tudo uma exigência ética que é a parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especialmente as normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.

A expressão “tolerância zero” é utilizada para definir o grau de tolerância a uma determinada lei, procedimento ou regra, de forma a impedir a aceitação de alguma conduta que possa desviar o que foi previamente estabelecido. Por exemplo, “tolerância zero a motoristas embriagados”, tolerância zero para aqueles que abusam sexualmente crianças inocentes, tolerância zero para aqueles que não respeitam o direito de uma pessoa seguir uma determinada religião etc. Precisamos ter tolerância zero com intolerância!

Pe. Brendan Coleman Mc Donald,
 Assessor da CNBB Reg. NE1

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