
No Vaticano o Papa Pio X continuou sua vida de simplicidade, modéstia e pobreza como quando simples vigário. Em sua primeira Carta Encíclica “E supremi” publicou o programa de seu pontificado: voltado para a pastoral, no incremento da vida eclesiástica e cristã. Ele enfrentou os problemas internos da Igreja e soube dar-lhes uma orientação: promoveu a comunhão frequente, permitindo o acesso a essa para crianças com idade de sete anos; reformou a música religiosa, dando ênfase ao canto gregoriano e música religiosa polifônica; reorganizou o direito canônico (que promulgaria seu sucessor em 1917); organizou os estudos nos seminários e a formação do clero; reorganizou o apostolado dos leigos; publicou um novo catecismo chamado “Catecismo de Pio X”, algo semelhante ao Catecismo da Igreja Católica promulgado por João Paulo ll, criou a Comissão Bíblica. Como o Papa Bento XVI ficou muito preocupado com o relativismo religioso, condenando-o sob o nome de modernismo na Carta Encíclica “Pascendi” (1903) e no Decreto “Lamentabili” (1907). Pio X publicou dezesseis cartas encíclicas durante seu pontificado.
São Pio X não foi teólogo, mas um pastor zeloso, dedicado, homem de oração, um verdadeiro santo. Prevendo a iminência da terrível Primeira Guerra Mundial, fez tudo, diplomaticamente falando, para evitá-la. Infelizmente não pôde evitar aquela Guerra Mundial e a falta de sucesso neste esforço abalou a sua saúde. Faleceu no dia 20 de agosto de 1914, com 79 anos de idade. Foi beatificado em 1951. O Papa Pio XII o canonizou no dia três de dezembro 1954. A lápide do seu sepulcro no Vaticano resume muito bem sua vida: “Pio X, pobre e rico, suave e humilde, de coração forte, lutador em prol dos direitos da Igreja, esforçado na tarefa de restaurar em Cristo todas as coisas”.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald – Redentorista.