
Em 1870 São José foi declarado patrono da Igreja Católica e, em 1955, patrono dos operários. Dois documentos oficiais do Vaticano falam sobre o culto de São José: a Carta Encíclica Quamquam Pluries do papa Leão Xlll e a Exortação Apostólica Redemtoris Custos do papa João Paulo ll (1989). A carta Custódia do Redentor acompanha José nos momentos decisivos de sua missão paterna, especialmente quando, como chefe de família, se dirigiu a Belém para o recenseamento e ali nasceu a criança Jesus. Isto ocorre no silêncio da noite, depois de passar pela agonia de não encontrar hospedagem em Belém.
A circuncisão do Menino, a imposição do nome de Jesus, missão atribuída no contexto judaico ao pai, a apresentação no templo, a fuga para o Egito, o encontro com Jesus no templo depois de três dias aflitos, fazem brilhar em José o “homem justo”. A iconografia o representa com o Menino Jesus no braço e o lírio – símbolo da pureza – na mão direta. A missão de José na história da salvação constitui em dar a Jesus um nome, fazê-lo descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas.
José é o elo entre o Antigo e o Novo Testamento e o último dos Patriarcas. A primeira vez que São José é mencionado no Evangelho é na cena da anunciação em que Maria é chamada noiva de um homem da casa de Davi de nome de José. Depois aparece quando Maria apresentava os sinais de sua divina maternidade e José lhe desconhecia a origem. O evangelista diz que sendo “homem justo”, não quis denunciar Maria de infidelidade, mas preferiu tomar uma solução que, salva a honra de Maria.
Decidiu sumir do lugar; Então um anjo lhe disse: “Não tenhas medo, José, de escolher Maria para tua esposa, pois o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo, e o que nascer dela será o Filho do Altíssimo, e tu lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados”. Os evangelistas não citam uma só palavra de José. Não se sabe com certeza histórica onde e quando nasceu nem onde e quando morreu. José aparece como o homem do silêncio, o homem reto, de fé profunda e disponível à vontade de Deus.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista