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Santo Antão, Abade

padre brendan
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No dia 17 de janeiro de 2020, hoje, a Igreja Católica celebra a festa de Santo Antão, Abade. “O santo que hoje a Igreja celebra, desde o século lV, como uma das figuras mais populares da hagiografia cristã, amou a solidão como forma de amor a Deus, serviço pela oração e bom exemplo para o próximo” (cf. O Santo do Dia, Dom Servílio Conti, Vozes, 1990, p.36). Antão nasceu em Coman, no coração do Egito, no ano 251, e faleceu em 356 com 105 anos de idade. De família abastada, aos vinte anos de idade sentiu-se chamado a seguir o Senhor no deserto, impressionado pelas palavras: “Se queres ser perfeito, vai, vende o que possuis e dá aos pobres e terás um tesouro nos céus, depois vem e segue-me” (Mt 19, 21) e “Não vos preocupais com o dia de amanhã” (Mt 6, 34). Vendeu seus bens e foi morar no deserto não muito longe de sua casa e começou uma vida asceta, entregando-se a uma vida de oração, de penitência e de trabalho.

“É considerado o monge mais ilustre da Igreja antiga, considerado o pai dos monges e de todas as formas de vida religiosa. Seu exemplo teve vasta ressonância, mesmo sem os meios atuais de comunicações. Atingindo rapidamente todo o mundo, e foi propagado em toda a Igreja por Santo Atanásio, que fora bispo de Alexandria (cf. Breve Biografia dos Santos, Vol.2, Paulinas, p.; 29).  De 286 até 306 experimentou uma vida ascética de completa solidão em Pispir, uma região de sepulcros considerada pelo povo naquele tempo como “a morada do diabo”. “Apesar de viver em constante oração e penitência, era afligido com fortes tentações” (cf. Breve Biografia dos Santos, Santidrián & Astruga, Editoa Santuário, p.29). Santo Atanásio escreveu sobre a vida do santo, cercado de vários tipos de animais e enfrentando terríveis tentações, sendo vencedor das mesmas. “A posteridade o considera como o fundador da vida eremítica, como o primeiro ermitão” (cf. Dicionário dos Santos, p.22). Sua vida atraiu numerosos discípulos, para os quais escreveu a Regra de vida.  Santo Antão, Abade é conhecido também como Santo Antônio do porquinho, pois se diz que, por vezes, o tentador lhe aparecia em figuro de porco! Os colonos imigrantes italianos, da região de Caxias do Sul, costumavam engordar o “porquinho de Santo Antão” para a festa do santo. É o patrono dos animais  ( cf. Dicionário dos Santos, p.22). A fama de sua santidade deu-lhe muitos admiradores e seguidores. Seus discípulos viviam uma forma simples de vida comunitária: cada qual tinha sua cabana isolada, vivendo sob a direção espiritual do Santo Antão. Ele é invocado contra o eczema e a dolorosa erisipela, conhecida como “fogo de Santo Antão”.. (cf. Breve Biografia dos Santos, p.29). infelizmente Santo Antão é pouco conhecido hoje. Há porém, um famoso livro titulado “As Tentações de Santo Antão” de Gustave Flaubert (1793-1872) com tradução feita por Luís de Lima, publicado pela Editora Iluminuras na França em 1874. Flaubert ficou famoso por suas análises psicológicos.

Pe. Brendan Coleman Mc Donald,
Rdentorista.

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