
A II Missão Sem Fronteiras realizada pela Juventude Missionária (JM), tocou o coração dos jovens e contagiou as comunidades de Itapebuçu, um distrito de Maranguape, no sertão do Ceará, região que enfrenta uma seca de seis anos. Missionários e missionárias são pessoas despojadas que saem de si para ir ao encontro do outro, sem fronteiras. Nessa saída, eles acabam recebendo muito mais do que levam.
Promovida pelas Pontifícias O
“Ao sair tão longe, onde o clima, a cultura, tudo é diferente, mas ao mesmo tempo tão igual, a gente consegue se entender só pelo olhar, pelo amor. Por isso essa missão, para mim representou um desprendimento muito grande de muitas coisas que eu carregava. Eu vim sozinha do meu Estado e quando você chega num lugar em que precisa ser acolhido aí você se deixa levar por todas as pessoas que você se encontrou, os missionários, o grupo que você formou, as famílias que te acolhem. Isso faz com que você se torne mais simples, passe a conviver com o que te oferecem, deixe em casa todos os teus caprichos, os confortos e passe a viver como os que te acolhem. Isso faz um verdadeiro missionário, é você viver no meio do povo, estar com eles, comer o que comem, beber o que bebem, viver uma verdadeira uma comunhão, partilhando do que te oferecem e contribuindo por meio das oficinas”.
É que, além de atividades religiosas, a Missão contemplou oficinas sobre “Cidadania e Direitos Humanos”, “Educação Ambiental” e “Saúde Comunitária”. Tudo pensado a partir da realidade local, conjugando evangelização e promoção humana.
Como advogada, Rosângel
Leidiane Santos, integrante da 
A exemplo do que fez Jesus com seus discípulos, para as visitas missionárias no Sertão cearense, os jovens foram enviados dois a dois. Essa dinâmica intensificou a comunhão.
“Já vivenciamos vários tipos de missões, só que essa Missão Nacional, por fazermos em duplas, nos possibilitou ter um convívio mais profundo, porque quando a gente faz uma missão em grupo de 10 ou 15 pessoas, acaba não tendo realmente esse convívio por conta da quantidade de pessoas. Em dois a dois, a gente pode conversar e ter um maior desprendimento. Podemos realmente sair do nosso eu para ir ao encontro do outro”, relatou Leidiane.

A Juventude Missionária no Brasil completou 10 anos de história. A sua maturidade é demostrada à medida em que seus jovens abraçam generosamente a missão. Nesse percurso, o primeiro passo foi dado. Essa Missão Nacional mostrou que é possível ir além das reuniões, dos encontros do grupo, do convívio entre amigos. Agora é preciso alargar os horizontes para evangelizar também na “outra margem”, além-fronteiras. “Sem a missão ad gentes, aos povos, a própria dimensão missionária da Igreja ficaria privada de seu significado fundamental e de seu exemplo de atuação…” (RMi 34). Nisso a Igreja precisa da vitalidade das juventudes.
Fonte: POM
