Os bispos austríacos pedem o fim da violência e as tentativas de expulsão destes povos

No comunicado divulgado pela Conferência Episcopal Austríaca, é lembrado que, nos últimos meses, representantes dos povos indígenas do Brasil procuraram chamar pessoalmente a atenção das autoridades políticas da Áustria e da Europa sobre a situação deles. “A Conferência Episcopal se solidariza com as preocupações dos povos amazônicos e apoia seu engajamento por justiça. Por isso os bispos austríacos apelam às autoridades políticas austríacas que tomem providências junto ao Governo brasileiro à retomada das demarcações das terras indígenas para evitar novas ondas de violência, sofrimento e tentativas de expulsão destes povos”, afirmam no texto, que ainda sublinha a paralisação dos processos de regularização de terras indígenas no Brasil.
O documento pede que o governo Austríaco e as instituições europeias usem todos meios diplomáticos e políticos disponíveis para proteger os povos indígenas e defender os seus direitos, recorrendo-se para isso a mecanismos internacionais dos Direitos Humanos convencionados pela ONU. Além disso, o Parlamento Europeu deverá engajar-se ativamente na defesa dos direitos dos povos indígenas. “Ele precisa de regulamentos nacionais e internacionais que impeçam violações dos direitos humanos por parte das empresas transnacionais e penalizar em caso de vítimas de danos facilitar o acesso à indemnização”, ressalta o comunicado.
O texto ainda recorda o trabalho do bispo emérito da prelazia do Xingú (PA) e ex-presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Kräutler, austríaco de nascimento e brasileiro de coração. Segundo a Conferência, dom Erwin “coopera desde muito tempo com instituições da igreja austríaca”.
Com informações e foto da Conferência Episcopal Austríaca
Fonte: CNBB