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Arquidiocese de
Fortaleza

Campanha da Fraternidade: um convite sempre novo à conversão

A Campanha da Fraternidade (CF), a cada ano lança um convite à conversão: mudança da mente e do coração, da forma de ver, compreender, pensar e de agir, um agir consequente, comprometido.

O Papa Francisco, em sua mensagem dirigida ao povo brasileiro, por ocasião da Campanha da Fraternidade 2023 cujo tema é: “Fraternidade e Fome” e o lema: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16), assim falou: “É meu grande desejo que a reflexão sobre o tema da fome, proposta aos católicos brasileiros durante o tempo quaresmal que se aproxima, leve não somente a ações concretas – sem dúvida, necessárias – que venham de modo emergencial em auxílio dos irmãos mais necessitados, mas também gere em todos a consciência de que a partilha dos dons que o Senhor nos concede em sua bondade não pode restringir-se a um momento, a uma campanha, a algumas ações pontuais, mas deve ser uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo presente em todo aquele que passa fome”.

A Campanha da Fraternidade da Igreja no Brasil, deu os primeiros passos de sua gestação em 1961 na comunidade de Nísia Floresta (RN), pertencente a Arquidiocese de Natal (RN), e logo mais tarde, oficialmente, em 1964, quando, então, outras dioceses do Brasil assumiram também a Campanha da Fraternidade, como um gesto concreto de compromisso quaresmal e um jeito público de manifestar “solidariedade e respeito à dignidade da pessoa humana, filha e filho de Deus”.

Passaram-se quase sessenta anos e essa importante iniciativa continua a interpelar os cristãos e a sociedade toda, a chamar à conversão, à solidariedade, à fraternidade. O tema “Fraternidade e Fome” volta pela terceira vez com dados gritantes, escandalosos de pessoas e famílias ainda mais sofridas e prejudicadas em seus direitos básicos e inalienáveis. De um lado um aumento muito grande no número e na gravidade da situação da fome e de outro lado um aumento escandaloso na concentração dos bens e dos meios de produção.

Para que a Campanha da Fraternidade fosse mais frutuosa e que seus frutos fossem ainda mais palpáveis, em 1999, por iniciativa da Cáritas Brasileira e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, foi criado o Fundo Nacional de Solidariedade para administrar a coleta da CF, aplicando o recurso em projetos comunitários, na linha da temática da Campanha da Fraternidade. Sessenta por cento (60%) da coleta ficam na Arquidiocese e quarenta por cento (40%) são enviados ao Fundo Nacional de Solidariedade. Cada diocese por sua vez deve criar também o Fundo Diocesano de Solidariedade.

A Arquidiocese de Fortaleza no mesmo ano, 1999, criou o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade com os sessenta por cento (60%) da Coleta da Campanha da Fraternidade (chamada também Coleta da Solidariedade) que ficam na Arquidiocese. Conforme orientação da CNBB, foi escolhida uma comissão, com aprovação do senhor Arcebispo, constituída de sete membros: três representantes das Pastorais Sociais, um membro da Coordenação Arquidiocesana das Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, um representante da Cáritas Arquidiocesana, um representante da Equipe Arquidiocesana de Animação das Campanhas e um membro da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral.

Esta é a forma atual de distribuição dos recursos provenientes da Coleta da Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos, na Arquidiocese de Fortaleza:

*40% – Projetos dentro da temática da Campanha da Fraternidade (até R$ 4.500,00);

*30% – Projetos das Pastorais Sociais (até R$ 4.500,00);

*10% – Animação, divulgação e realização das três campanhas: (Fraternidade, Missionária e Evangelização);

*10% – Apoio à preparação, realização e avaliação do Grito dos Excluídos;

*5% – Questões emergenciais;

*5% – Despesas administrativas.

Abaixo, você pode ver o folder do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade: na primeira parte alguns pontos sobre a Campanha da Fraternidade 2023, na segunda parte prestação de contas da administração do Fundo de Solidariedade 2022 da Arquidiocese de Fortaleza.

Texto: Rosélia Follmann, Membro da Equipe do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade

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