
O jornal britânico “The Guardian”, num recente artigo sobre a futura encíclica disse: “Que a próxima encíclica do papa Francisco pode gerar novas controvérsias dentro e fora da Igreja Católica”. O jornal menciona como um exemplo, o Cardeal George Pell, Prefeito da Secretaria de Economia do Vaticano, que tem se mostrado cético em relação à mudanças climáticas, e a possível oposição dos grupos evangélicos norte-americanos, também críticos quanto ao real embasamento científico das mudanças climáticas. Em seu artigo “The Guardian” cita o Arcebispo argentino Dom Marcelo Sanchez Sorondo, Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências no Vaticano que declarou que o papa espera influenciar a reunião da ONU prevista para acontecer em Paris no segundo semestre deste ano para “conscientizar todas as pessoas sobre a situação do nosso clima e sobre a tragédia da exclusão social”.
A expectativa de muitos católicos é de que a Encíclica vá além dos posicionamentos básicos, trazendo orientações práticas para as paróquias, dioceses e as outras instituições eclesiais. A Encíclica deve exigir respeito: pelo meio ambiente e pelo povo (saúde, escravidão, imigrantes etc.), pelos animais e vegetais, pela água (poluição e desperdício), pelos ecossistemas, pelo o ar (poluição causada pelas indústrias e veículos usando combustível altamente nocivo a saúde), e pela alimentação saudável etc. O documento deve alertar contra o perigo do desmatamento (desertificação), da extinção de várias espécies, do uso de certos tóxicos e pesticidas, do uso de certos produtos químicos utilizados na limpeza doméstica etc. etc.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1
Uma resposta
Muito oportuna a encíclica sobre questões ambientais, especialmente para a realidade brasileira, onde o dinheiro, mais do que nunca, segue em sua voracidade destrutiva. Tomara que o prefeito de Fortaleza dê atenção ao Papa e pare de agir como cupim que devora tudo que é planta.