
Recentes rebeliões em unidades prisionais aqui no Nordeste resultando em mortes, pessoas gravemente feridas e fugas etc., chamou, mais uma vez, a atenção do povo cearense ao deplorável sistema penitenciário que existe no país. O planejamento penitenciário precisa se preocupar muito mais com a vida pessoal e social dos presos. Acredito que há uma urgente necessidade de criar um sistema educativo neste campo explosivo buscando uma retribuição justa, proporcional ao dano causado, e que venha a beneficiar a sociedade. O que estou sugerindo aqui é a substituição das penas de prisão por alternativas. Há formas de penas por delitos menos ofensivo de comprovado valor, entre as quais posso citar: a prestação de serviços à comunidade, a reparação do dano causado e a reeducação do infrator através de participação em programas educativos. Outras sugestões para melhorar o sistema carcerário são: a modernização da arquitetura penitenciária, a democratização da assistência jurídica, a melhoria da assistência médica e odontológica, trabalho para o preso com a devida remuneração, a separação entre presos primários e reincidentes, a qualificação dos agentes prisionais com um plano de cargos e salários dignos, a provisão adequada de banheiros e materiais básicos de higiene, a supervisão por um nutricionista das cozinhas e refeitórios, a proibição da superlotação e o afastamento imediato do agente prisional que espanca ou tortura os presos, e uma educação básica e profissionalizante para os presos.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1.