
Segundo a tradição, a Vera Cruz (verdadeira cruz) foi descoberta em 326 por Santa Helena de Constantinopla, mãe do Imperador Constantino Magno, que deu liberdade religiosa à Igreja depois de 250 anos de perseguição. Ela viajou como peregrina para a Terra Santa. Aí ela mandou fazer diligentes pesquisas a fim de descobrir e identificar a verdadeira cruz de Cristo. A Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local da descoberta, por ordem de Helena e Constantino. A igreja foi dedicada nove anos depois em 335, com uma parte da cruz em exposição. Em 13 de setembro ocorreu a dedicação da igreja e a cruz foi posta em exposição no dia 14 de setembro, para que os fiéis pudessem orar e venerá-la. Em 614 os persas invadiram a cidade e tomaram a cruz, que foi recuperado pelo Imperador Bizantino Heráclito em 628. Pouco depois a cruz retornou ao Santo Sepulcro.
Segundo O Missal Romano: “A Cruz, sinal do mais terrível entre os suplícios, é para o cristão a árvore da vida, o tálamo, o trono, o altar da nova aliança. De Cristo, novo Adão adormecido na cruz, jorrou o admirável sacramento de toda a Igreja. A Cruz é o sinal do senhorio de Cristo sobre os que no Batismo são configurados a ele na morte e na glória”. São Paulo nos diz: “Pois se fomos totalmente unidos, assimilados à sua morte, o seremos também à sua Ressurreição” (Rm 6, 5). Na tradição dos Padres, a cruz é o sinal do Filho do Homem que comparecerá no fim dos tempos “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra baterão no peito; e elas verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu na plenitude do poder e da glória” (Mt 24.30). Com o olhar voltado para o mistério central de nossa fé, pedimos a Deus podermos sempre participar dos frutos da Redenção até conseguirmos a glória da Ressurreição.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald
Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1
Uma resposta
Grande sacerdote, formador e comunicador que tem sempre a palavra de Deus certa para nós orientar a sermos mais Igreja Católica Apostólica Romana.