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Arquidiocese de
Fortaleza

“Uma fé que testemunha”

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista

Sereis minhas testemunhas
Deus quer continuadores de seu Filho para levar a todos a mensagem da salvação. Deus, para implantar seu Reino no mundo, mandou seu Filho. Reino de Deus, em palavras simples, é o jeito de ser de Deus que Jesus veio comunicar. Jesus se expressava de um modo que podíamos ver Nele o Pai: “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9). É importante, pois, não se tratava somente de um ver sua pessoa física, mas também a sua missão. Os sentimentos de Jesus eram os mesmos sentimentos do Pai, pois vivia no amor do Pai. O Pai ama o Filho e tudo lhe entregou em suas mãos” … “O Pai me ama Porque dou minha vida para retomá-la” (Jo 3,25. 10,17). As atitudes de Jesus eram coerentes com sua união com o Pai: “Porque as obras que meu Pai me deu para executar – essas mesmas obras que faço” (Jo 5,36). O discípulo continua os mesmos sentimentos e atitudes de Jesus testemunhando, pela vida, como Jesus o fazia testemunhando o Pai por sua vida, palavras e atitudes. Só assim poderão anunciar o Evangelho, como mandou Jesus a seus apóstolos: “Ide por todo o mundo e proclamai o evangelho a toda a criatura… e eles saíram a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam” (Mc 16,15.20). Mateus insiste: “Fazei discípulos meus todas as nações” (Mt 28,19). O discípulo não só cumpre uma missão; ele continua uma missão que lhe foi confiada pelo Mestre. Há um sentido de continuidade entre a pessoa de Jesus e seus discípulos. Por isso a Igreja tem consciência que sua missão é a mesma de Jesus, como Ele tinha consciência de sua unidade com Pai, por isso cumpria sua vontade. Cumprir sua vontade não se trata apenas de uma obediência a um mandato, mas a continuação de uma obra.

Todos os admiravam
O primeiro testemunho era dado pela vida da comunidade, como lemos em Atos dos Apóstolos: “Unânimes, freqüentavam assiduamente o templo e partiam o pão pelas casas, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e eram favoravelmente aceitos por todo o povo” (At. 2,46-47). A vida da comunidade era um testemunho que conduzia à conversão. A coerência evangélica é um testemunho suficiente para a conversão a Jesus. É a questão grave que encontramos em nossas comunidades. A vida incoerente de tantos que estão na Igreja, ou mesmo são das lideranças e dão um testemunho contrário pela sua vida. É triste ver que, às vezes, os que dizem ter religião cristã, sejam os que cometem crimes de corrupção, de injustiça e até crimes contra a vida, e vivem tranqüilos. Vejamos como acontece nos cargos de governo, na política, na economia, no social. Ser político não pode significar ser corrupto, pois temos tantos que não o são. Mas o contrário acontece.

Quem me vê, vê o Pai.
Como Jesus tinha consciência que sua vida de união com Pai era o maior anúncio que fazia pois sabia que, quem o via, via o Pai. Assim também nós podemos ter a certeza que, quanto mais vivemos o Evangelho, mais seremos seus anunciadores. Já conhecemos a frase: Quem sabe sua vida seja o único evangelho que muita gente pode ler. A Palavra de Deus é guardada na Bíblia é um tesouro inigualável, mas, seu mais precioso depósito não é o texto escrito, mas o texto vivido. A Palavra de Deus foi primeiro vivida, depois escrita. Deste modo, quem vê o verdadeiro fiel, tem nele a visão de Jesus. Cada um é uma face de Jesus que o Pai quer nos apresentar.

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista

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