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Sertão Vivo no São João homenageia Gonzagão!

Por Zé Vicente, poeta e cantor.

Lua nova no céu, terreiro enfeitado, fogueira ecológica (aquela feita com madeira da poda de árvores), comidas na mesa, alegria nos corações… foi esse o clima reinante no Sítio Aroeiras, município de Orós, em mais um Arraial do Sertão Vivo, no dia 23 de junho de 2012.

As atividades tiveram inicio no dia 21, com Palestra do Parapsicólogo Luciano Sampaio, de Fortaleza, em Orós. No dia 22, uma Oficina sobre a mesma temática, em Aroeiras. As duas atividades envolveram mais de 100 pessoas, que puderam clarear dúvidas e curiosidades sobre Hipnose, Terapia no Sono, distúrbios psicológicos etc.

Nosso Arraial já é tradicional e buscamos por em sintonia as novas atividades artísticas – dança, teatro etc.-; com as tradições recebidas de nossos ancestrais – fogueira, compadrio, quadrilha, pau-de-sebo, pescaria, comidas típicas…

No dia 23, recebemos várias visitas – dos primos da Paraíba, de amigos de Orós e Icó, do bispo diocesano de Iguatu, Dom João da Costa, que vem a cada ano marcar presença e festejar seu natalício conosco. Dom João, que é sergipano,veio com sua mãe e outras amigas conterrâneas que vieram visitá-lo. Antes do almoço, realizamos uma bonita celebração da missa, ali na sala da Casa Mãe, presidida pelo bispo, reunindo todas as memórias, vidas e sonhos da família e da comunidade ali presente.

O tema principal da nossa festa junina foi a homenagem ao famoso sanfoneiro e cantor Luiz Gonzaga no seu centenário de nascimento, comemorado neste 2012. Luiz nasceu no dia 13 de dezembro de 1912 na fazenda Caiçara, município de Exu-PE. Nosso lema para esta homenagem foi: “SERTÃO VIVO NO SÃO JOÃO, HOMENAGEIA GONZAGÃO”. Para o evento, o artista plástico Daniel Moreira, nosso companheiro, pintou um lindo estandarte com a imagem do Rei do Baião, presente para nosso Projeto Sertão Vivo.

Foi bonito ver aquele mutirão de jovens, adultos e crianças, preparando tudo, até mesmo a mãe natureza manifestou o seu sinal de festa, nesses dias de grande seca, fez cair uma chuvinha para apagar a poeira no pátio do arraial, tanto na tarde de 23,como no amanhecer do dia 24, sem apagar por completo as brasas sob as cinzas.

Antes de acendermos a fogueira, houve várias apresentações: dos sanfoneiros de Guassussê, do Grupo de Capoeira Água de Beber, dos(as) estudantes do Programa Mais Educação de Orós, do teatro Sertão Vivo. Ao ser acesa a Fogueira, fizemos a saudação com Berimbaus da Capoeira, poema ao Profeta João Batista e o refrão: “bate palmas minha gente/bota fogo na fogueira/ tá aberto o arraial/ de são João em aroeiras…”. Na sequência, mais músicas, quadrilha improvisada, comidas e muita animação, até a lua se por.

Em tudo, a certeza de que esses momentos fortalecem a união e alimentam a cultura popular naquilo que tem de melhor: a tradição cultural da festa saudável, a partilha e apoios recebidos, a arte, o protagonismo de cada pessoa – jovem, criança, adulto, idoso,elevando a autoestima de quem atende ao convites da turma do Projeto Sertão Vivo.

Os Vivas ao São João, ao Gonzação e ao Povo Reunido, permanecem como eco no coração da gente, do Sítio Aroeiras e do Sertão Nordestino, teimoso, bonito, mesmo em tempos de seca e de grandes desafios.

Adital: https://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=68347

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