
As Nações Unidas já deixaram claro para o reconhecimento da legitimidade de uma ação armada contra um estado soberano, a ação militar exige a aprovação do Conselho de Segurança da ONU. Até agora esta aprovação não foi obtida. É importante lembrar que o tipo de ação militar sendo preparado, somente deve ser usado como o último recurso, quando não existe mais possibilidade diplomática parta resolver o problema pacificamente. No caso em pauta as nações em favor de uma agressão têm uma obrigação moral gravíssima para apresentar provas convincentes e irrefutáveis que mostram claramente, sem sombra de dúvida, que houve o uso de armas químicas pelo Governo da Síria. Até esta data faltaram provas adequadas neste sentido.
Um dos riscos da guerra moderna é dar ocasião aos possuidores de armas científicas, principalmente atômicas, biológicas ou químicas, de cometerem tais crimes. Os Estados Unidos, França, Canadá, o Reino Unido e outros, têm estes tipos de armas sofisticadas. O medo é que estes países poderosos pouco se importam com a violação da legalidade internacional e a imoralidade de matar grandes números de mulheres e crianças inocentes. Há uma crescente consciência e um posicionamento contra a agressão na Síria por parte dos povos e nações. É vital lembrar que “nenhum país pode atacar outro a não ser em legítima defesa e as nações só podem intervir militarmente com o aval do Conselho de Segurança da ONU”. Finalmente, é oportuno recordar as palavras do Papa Francisco aos membros do G8 na semana passada: “…faço um apelo do fundo do meu coração para que ajudem a encontrar o caminho para superar as posições de conflito e para que abandonem o vão afã de uma solução militar”.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1.