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Arquidiocese de
Fortaleza

O louvor perene das religiosas contemplativas, através da Liturgia das Horas

“Anunciamos de manhã vossa bondade, e o vosso amor fiel à noite inteira” (Sl91, 3). Do “coração orante da Sagrada Escritura” que é o Livro dos Salmos, lugar em que a Palavra se faz oração, as religiosas de vida contemplativa consagram e santificam o seu dia e suas atividades através do saltério na salmodia da Liturgia das Horas. Desta fonte bíblica buscam constantemente o Rosto de Deus, na contemplação e na escuta de sua revelação.

 “Jesus Cristo Sumo sacerdote da nova e eterna Aliança,… une a si toda a humanidade e associa-a este cântico divino de louvor. Continua este múnus sacerdotal por intermédio da sua Igreja, que louva o Senhor sem cessar e intercede pela salvação de todo mundo, não só com a celebração da Eucaristia, mas de vários outros modos, especialmente pela recitação do Ofício divino” (Sacrossanto Concilium, 83). Esta Palavra divina, revelada nos salmos em que também ocorre o diálogo entre Deus e o homem, permite a monja compreender a face do homem para apresentar ao Pai, as suas alegrias, e as suas dores, as suas angústias e esperanças. É “a voz da própria Esposa, que fala com o Esposo”.

No silêncio do claustro, antes da aurora estando ela em seu leito ou em suas atividades, faz se ouvir um tocar do sino, ela reconhece como à esposa do Cântico dos Cânticos “é a voz do meu amado” (Ct2, 8), é o convite  para unir-se ao seu Esposo “ Aquela, porém, que se une ao Senhor constitui, com Ele, um só espírito “ — diz São Paulo (cf.1 Cor 6, 17).  O Divino Esposo a convida para salmodia, para unir-se a “voz da Igreja”. Com o convite ao louvor a Deus e a estar sempre pronta para servir ao Senhor. Ela responde fielmente. “Vinde, exultemos de alegria no Senhor, aclamemos a Deus, nosso Salvador. Vamos à sua presença e demos graças, ao som de cânticos aclamemos o Senhor”. (Sl 94,1-2). Sua alma encontra consolo e alegria por fazer ressoar em seu cântico as batidas de um coração apaixonado por Deus.

É nesta “escola de oração,” que é a Liturgia das Horas, onde as monjas passam a maior parte do seu tempo, ao longo do transcurso do dia rezam as horas canônicas agradecendo ao Esposo com uma suave melodia de louvor. Desta forma, na fidelidade a oração, alimenta com o óleo da fé sua lâmpada acesa o amor vigilante e ao mesmo tempo “pelo louvor tributado a Deus nas Horas, a Igreja se associa ao canto daquele divino louvor que é cantado por todo o sempre nas habitações celestes” (Sacrossanto Concilium, 83). Sendo assim, nossa vocação encontra espaço, tempo e sentido na vida da Igreja e no limiar da História de seguimento a Jesus Cristo.

Irmã Maria Cecília OIC.

 Mosteiro da Imaculada Conceição e São José de Fortaleza-CE.

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