
“Em cada um destes anos tivemos um Simpósio arquidiocesano com representações das forças vivas da Igreja desta Arquidiocese para aprofundar em reflexões, oração e partilha os temas do ano. Neste Ano Jubilar, se procurará a partir da própria Palavra de Deus, depois dos ensinamentos da Igreja aprofundar a compreensão da Caridade diante dos desafios e estímulos para a evangelização em nossos dias”, explica dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo metropolitano de Fortaleza.
Na conferência “Iluminação bíblica sobre a caridade” a professora da Faculdade Católica de Fortaleza, Tânia Couto, destacou a relação que existe Deus e o homem como princípio da Caridade. “O que a Bíblia nos apresenta é a história de uma relação entre Deus e o homem. Como ela foi se aprofundando até podermos concluir que Deus é amor”. Esse amor precisa ser concretizado: “quem diz que ama a Deus espiritualmente, deve amar também na sua humanidade”, explicou.
A expressão concreta do amor é a caridade. Entre as virtudes teologais (fé, esperança e caridade), a maior é a caridade, disse o reitor do Seminário de Teologia da Arquidiocese, padre Almir Magalhães. “É pelo amor que de crê e se espera”, destacou lembrando a carta paulina aos Coríntios. Os documentos da igreja nos apontam alguns fundamentos e conceitos de caridade, segundo o padre. A fonte é sempre o amor de Deus. “Caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus e ao próximo. A fonte sempre é Deus”, disse lembrando o Catecismo da Igreja.
Dom José finaliza lembrando que a caridade se manifesta na Igreja. “Reconhecemos em ação de graças que tudo o que somos e fazemos não vem de nossas forças humanas, mas do Amor de Deus derramado em nossos corações, da Caridade de Cristo que nos impulsiona. A Igreja é a manifestação concreta e histórica desta Caridade que une em comunhão a humanidade de irmãos filhos do único Pai.”
Por Vanderlúcio Souza, Seminarista da Arquidiocese de Fortaleza.