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Arquidiocese de
Fortaleza

Meditação do Evangelho – XXXI Domingo do Tempo Comum (Mt 23,1-12)

“IR AO ENCONTRO DAS PROMESSAS DE DEUS ATRAVÉS DO SERVIÇO AO PRÓXIMO.”

Queridos irmãos em Cristo!

Terminando este mês de outubro – especialmente dedicado às missões – o Senhor nos convida a aprofundarmos a nossa fé por meio do serviço aos irmãos e assim, desta maneira, como filhos amados corrermos livremente ao encontro das promessas divinas (Oração Coleta).

De fato, o serviço dedicado ao próximo tem uma índole libertadora – pessoal e comunitária – nela podemos até experimentar o quanto é significativo para nós viver na liberdade dos filhos de Deus apontado por São Paulo Apóstolo! Portanto, o serviço liberta e ao mesmo tempo requer de nós uma atitude livre para ir ao encontro dos que sofrem, dos que estão escravizados pelas tantas situações que desfiguram a bela imagem de Deus no ser humano.

Para viver nesta liberdade que nos impulsiona a outras atitudes fundamentais como a gratuidade, a alteridade e a fidelidade; a Palavra de Deus nos exorta, neste contexto tal como foi durante a profecia de Malaquias. O texto é uma exortação direta aos sacerdotes – guias da comunidade – que já a muito haviam se distanciado da sua verdadeira função dentro do povo escolhido: interceder diante de Deus – guiar o povo eleito por meio dos ensinamentos de Deus – servir ao Senhor com as suas próprias vidas. Deus apresenta-se como “o grande rei” aquele que deve ser acima de todos servido.

O crime ao qual os sacerdotes são acusados é o da infidelidade a Aliança com o Senhor, que se desdobra em outras consequências: afastamento do reto caminho, motivo de escândalo para muitos (tornaram-se pedra de tropeço), não preservar o ensinamento recebido e a prática da discriminação.

Juntamente com o salmista (Sl 130/131) apresentamos o nosso humilde coração e que confia plenamente em Deus. Para tanto deveremos nos exercitar na humildade para dominar o nosso orgulho interior, a arrogância no olhar – na qual os outros estão sempre um degrau abaixo, além da busca pelo prestígio, pela ambição e pelo poder.

Como então assumir este caminho, esta regra de vida no serviço aos irmãos para a construção do reino de Deus? No evangelho, o Senhor Jesus falando para uma multidão e para nós, seus discípulos missionários, nos chama atenção para o exemplo daqueles que falam, mas não fazem o que ensinam. A crítica recai sobre os mestres da lei (ensino) e sobre os fariseus (prática) na vivência da Lei de Deus!

É muito comum, em nossa cultura popular a expressão; “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”! Pois bem amados irmãos, devemos, pois estar sempre bem atentos para que a nossa fé seja cada vez mais autêntica como a nossa vida. Contudo ainda percebemos uma distância entre fé e vida como se fossem duas instâncias de difícil conciliação. O que pode então unir estas duas faces da mesma moeda? A resposta está na dimensão afetiva, ou seja na minha capacidade de escolher com o meu coração; ou seja, a dimensão dos afetos, das escolhas afetivas, das motivações interiores é o elemento de ligação entre as dimensões espiritual e prática da nossa vida.

No serviço aos irmãos podemos desenvolver muito bem esta dimensão, pois o próprio Senhor considerou a si mesmo a atenção dispensada aos que sofrem. O amor ao próximo como expressão prática do nosso amor a Deus deve levar a marca do serviço humilde e desinteressado, pois o maior entre nós deverá ser o servidor!

Neste domingo a Palavra de Deus vem nos ajudar a avaliar as nossas motivações ao amor ao próximo, por meio do serviço que prestamos ao reino de Deus. A nossa adesão a pessoa de Jesus nos remeterá necessariamente a uma amorosa atitude de serviço humilde e desinteressado, em oposição aos “valores” vigentes, o maior no reino é o que é servo de todos!

Desejando que Deus seja tudo em todos,
em Jesus o Bom pastor e Maria nossa mãe.

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