Meditação do Evangelho - XXII Domingo do Tempo Comum (Mt 16, 21-27) - Arquidiocese de Fortaleza
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Meditação do Evangelho – XXII Domingo do Tempo Comum (Mt 16, 21-27)

“RENUNCIAR A SI E TOMAR A CRUZ PARA SEGUIR JESUS”

Queridos irmãos em Cristo!

Estamos encerrando este mês em que, de maneira mais atenta, refletimos, rezamos e celebramos o chamado de Deus em nossas vidas e tudo isso Ele faz por meio de sua Palavra que continuamente nos chama a conversão e a percebermos que a nossa resposta está associada a generosidade do nosso “sim”.

Pedimos ao Pai que derrame o seu amor em nossos corações, pois sabemos que esse é o caminho necessário pelo qual nos tornamos mais próximos e íntimos do próprio Deus para fortalecer o que é bom e preservar – bem guardado – o que d’Ele recebemos (Oração Coleta). Somente o amor dos retira da condição de desconhecidos e nos coloca de vez numa sintonia de corações. Jesus, a Palavra encarnada, ou como podemos também dizer o amor encarnado, nos mostra que Deus é um Pai amoroso, paciente e misericordioso para com todos nós!

Esse mistério de amor e de intimidade nós contemplamos nas leituras deste domingo, onde, assim como o profeta Jeremias somos seduzidos por um amor maior, envolvidos pelo encanto de sua presença divina e desfalecendo as nossas forças somos tomados de vez por aquele que nos ama e nos chama!

A relação com Deus por meio de sua Palavra é de intimidade profunda e pessoal. Quando somos íntimos de alguém estabelecemos um contato constante, profundo, personalizado e intrasferível.

Este relacionamento com o Deus vivo e verdadeiro nos chama a entrega oblativa de nossa vida; na generosidade amorosa de nossas ações, testemunhando o amor no mundo tão marcado pelas divisões – fruto do nosso egoísmo. Eis então a oferta agradável aos olhos do Senhor. Mas isso de nada adiantará se este ato não estiver orientado para a transformação das dimensões complexas que formam a nossa realidade (época de mudança e/ou mudança de época). O cristão é acima de tudo uma pessoa inconformada, ou seja, possuidor de uma visão aguçada e estando convicto de sua posição não abre mão de suas convicções de fé.

Esta “paz inquieta” quer favorecer, ou melhor, instigar a nossa ação como cristãos no mundo rompendo as barreiras do indiferentismo e da inércia, em outras palavras, como verdadeiros discípulos-missionários somos nós os primeiros responsáveis pela transformação do mundo a partir da nossa própria conversão interior – nossa maneira de pensar, julgar, refletir e agir (Não vos conformeis com o mundo)!

Neste domingo também acompanhamos o desenrolar da conversa de Jesus com Pedro e, logo após o ter reconhecido como o Cristo, Filho de Deus vivo e enviado do Senhor, não consegue entender que o messianismo de Jesus comporta o drama da cruz: Como assim? Um messias derrotado? “Deus não permita tal coisa, Senhor!” As expectativas de Pedro e dos outros, assim como também hoje em alguns de nós, foram quebradas. Num contexto da eficiência, do sucesso e do progresso, do lucro desenfreado e das leis de mercado decidindo a vida das pessoas, onde os fracos são derrubados ou excluídos, não há espaço para os pequenos sonhos e projetos. A força opressora impera!

Jesus, por sua vez não aceita tomar um caminho mais fácil, um atalho talvez… Não, de jeito nenhum! Pedro não pensa as coisas de Deus; enquanto Jesus é o próprio Deus pensando!

O Senhor também nos apresenta as condições para o seu seguimento: renuncia – tomar a cruz e seguir. Na verdade são etapas que culminam na adesão da nossa existência à proposta do Senhor e cada um desses passos não podem jamais serem “queimados”, ou seja, eles representam níveis progressivos da nossa fé no Senhor. Portanto, não há seguimento sem renúncia e nem tampouco sem tomar a nossa cruz de cada dia; só então poderemos de fato nos dispor para seguirmos Jesus.

Muitas vezes, tomados por vezes de alguma animação ou até mesmo de certa empolgação queremos seguir o Senhor. No entanto, quando aparecem as dificuldades, a rejeição, a difamação, as situações difíceis, as derrotas e os tantos fracassos, sem contar na situação pessoal onde o que deve prevalecer é a minha vontade, no meu tempo e do meio jeito… Então a proposta de seguir Jesus passa a ser um convite vazio e sem qualquer sentido.

Peçamos ao Senhor a graça de renunciar a nós mesmos e uma vez vazios de si nos coloquemos mais á disposição do divino mestre assumindo a nossa cruz e testemunhando o amor no mundo, uma vez alcançados e seduzidos pelo Deus da vida e da paz!

Em Jesus, o bom pastor e Maria nossa mãe.
Pe. Fernando Antonio.

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