Homilia do 17º Domingo Comum (24.07.11) - Arquidiocese de Fortaleza
Atualidades

Homilia do 17º Domingo Comum (24.07.11)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista

“Tesouro escondido”

 Dai-me a sabedoria
Jesus usa muitas comparações ao anunciar o Reino de Deus. Cada uma apresenta um aspecto. O texto que ouvimos ensina que o Reino dos Céus é como um tesouro encontrado ou uma pedra preciosa ou como uma rede onde se escolhem os peixes melhores. Por ele se deve investir tudo para ficar com o melhor. Por ele vale a pessoa vender tudo o que se possui, para ter o que vale mais que tudo o que temos. Em nosso coração sempre existe o desejo de achar um tesouro. O tesouro do Reino, quando descoberto, torna-se uma busca pela qual valem todas as aventuras. Paulo escreve: “Tudo perdi e tudo considero como esterco para ganhar a Cristo e ser achado Nele” (Fl 3,7-8). Salomão pede a sabedoria a Deus que lhe oferece todas as riquezas. Com ela tem todas as outras riquezas. É como disse Jesus: “Buscai o Reino de Deus e tudo mais vos será dado como acréscimo” (Mt 6,33). Ficamos com as pequenas satisfações que nos fazem perder a satisfação total. As pessoas que fizeram tanto pelo Reino de Deus e também pelo bem da humanidade, fizeram-no porque descobriram o tesouro que vale mais que a vida. Os que não o escolhem, são como os da parábola anterior, são como os peixes separados e serão jogados fora. A escolha que fazemos põe nas mãos de Deus o nosso futuro. Se não o queremos, Deus respeita e sempre oferece sua graça redentora. Quem escolheu o Reino torna-se “apóstolo” – enviado por Deus para anunciar suas riquezas. O maior testemunho é a alegria de tê-lo encontrado e ter dado a vida por ele. O salmo nos leva a rezar dizendo que os mandamentos de Deus valem mais que milhões em ouro e prata. Eles são a melhor herança (Sl 118). A preciosidade do Reino é a presença do Espírito. Ele constitui a Riqueza – Dom dado por Deus. A Sabedoria de Deus é o Espírito Santo que nós é dado em abundância com seus infinitos dons e não somente os sete dons mencionados.

Coisas antigas e novas
Jesus afirma que aqueles que conheciam bem o Antigo Testamento e aceitaram o tesouro do Reino, saberão usar o Antigo naquilo que indica e esclarece o valor do tesouro do Reino. Vêem em Jesus a realização das promessas. No tesouro há sempre coisas novas. Aqui entra a questão do crescimento da revelação. A revelação não tem nada mais a nos mostrar. Mas temos muito que aprender, aprofundar e beber desta fonte sempre nova. Há sempre novas conquistas que Reino nos propõe. Não podemos nos fixar em tempos históricos da Igreja, mas viver o dinamismo do Reino. O Reino é como uma árvore: tem o cerne que não muda. Mas se não existem galhos novos, a árvore não cresce, morre.

Ser à imagem do Filho
Quem acolhe o Reino é imagem do Filho bendito de Deus. É um ícone, isto é, uma presença da verdade. O encontro do tesouro não é só um enriquecimento pessoal de dons espirituais, mas o dom maior que vai além da filiação Divina, nos faz imagem do Filho, como o Filho é imagem do Pai (Cl 1,15) e sua Manifestação. A vida cristã não é fazer coisas espirituais. Mas ser uma nova criatura diante de Deus. Somos assimilados ao Filho, para sermos perfeitos filhos de Deus (Fl 3,21), na divinização. Na Missa celebramos a presença do Reino atuante entre nós. Em cada Eucaristia somos questionados sobre nossa vida no Reino. Missa não é uma obrigação, mas um prazer que Deus nos dá de vivê-lo.

Leituras:1 Reis 3.5.7-12;Salmo 118; Romanos 8,28-30; Mateus 13,44-52

Homilia do 17º Domingo Comum (24.07.11)

1. O Reino dos Céus é como um tesouro escondido. Por um tesouro vale a pessoa vender tudo o que se possui. Descoberto o Reino, por ele valem todas as aventuras. Deus ofereceu a Salomão riquezas e ele pediu sabedoria, isto é, o Tesouro. Quem não escolhe, perde. A preciosidade do Reino é a presença do Espírito com seus infinitos dons.

2. Jesus afirma que os que conheciam o Antigo Testamento e aceitaram o Reino de Deus, sabem buscar no Antigo o que floresce no Novo: Jesus que é o cumprimento das promessas. Para nós o Reino é um dinamismo e não um momento da história. Ele é como uma árvore que, se não tem ramos novos, não cresce. Morre.

3. Quem acolhe o Reino é imagem do Filho de Deus, Jesus. É uma presença. Acolhê-lo é ir além do dom da filiação, mas nos faz imagem do Filho e sua manifestação, na divinização. Na missa celebramos também a presença do Reino.

Caçadores de tesouros

A gente sempre tem uma vontadezinha de achar um tesouro, uma coisa preciosa, ou como dizemos hoje, ganhar na mega sena. Para que?

Jesus nos ensina sobre o Reino de Deus. Encontrar o Reino de Deus é encontrar um tesouro, uma pedra preciosa que vale tudo o que temos e que vale a pessoa trocar tudo por ele. Não é possível viver só um pedacinho do Reino. Se não pegamos tudo, não funciona. É isso que vemos em gente da Igreja: tudo pelas metades. Pé em duas canoas é corpo inteiro n’água.

O jovem Salomão achou o tesouro: Deus ofereceu tudo a ele. Não quis tesouros, mas o tesouro da sabedoria que lhe deu todos os tesouros. Por isso rezamos: Usemos de tal modo os bens que passam que possamos abraçar os que não passam. O salmo reza: Esta é a parte que escolhi por minha herança: observar vossas palavras.

Se escolhermos o Reino como nosso tesouro, vamos ter tudo da parte de Deus. Paulo escreve: Sabemos que tudo contribui para o bem dos que amam a Deus.

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, Redentorista

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