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Entre o choro e os benditos, romeiros se despedem de mais uma romaria em Juazeiro do Norte

O que a boca expressava pela canção, os olhos se enchiam d’água e banhavam os rostos. A saudade e a emoção tomavam conta dos fiéis presentes, na Matriz da Mãe das Dores. Chegava ao meio-dia, hora de se despedir de Juazeiro do Norte e de mais uma romaria, na tradicional Despedida dos Romeiros.

A “Ave Maria Sertaneja”, escrita por Luiz Gonzaga e que, costumeiramente, é entoada pelo coro de vozes, tornou-se oração para os romeiros. “Em canção, traduzimos aquilo que nós queremos dizer a Nossa Senhora e, procurando sermos romeiros de verdade, olhamos para a Maria, a Senhora das dores e das alegrias, reafirmando o compromisso de sermos discípulos e missionários do Reino de Deus”, explicou o Pároco e reitor, o Padre Cicero José.

Na despedida, um outro momento marcante é a benção dos chapéus. Trançado de palha seca, o chapéu que protege o sertanejo do sol, é também símbolo de sua fé e devoção. “Colocamos o chapéu na cabeça para nos proteger do sol, para o trabalho, para a labuta. Quando vamos para o campo, vamos para o chapéu na cabeça para que a luz do sol não queime a nossa cabeça, mas quando encontramos alguém que nós gostamos, que nós temos um respeito, o que nós fazemos? Tiramos o chapéu. O tiramos como uma forma de respeito. Quando nós tiramos o chapéu e olhamos para o alto, significa que o nosso coração fala com Deus. As nossas preces, os momentos difíceis. Quantas vezes o nordestino se ajoelhou, tirou seu chapéu e elevou a Deus a sua prece?”, meditou o bispo de Crato, Dom Magnus Henrique, em sua reflexão.

Seja de longe ou de perto, seja jovem ou de mais idade, a devoção brota no coração daqueles que ouvem sobre o Servo de Deus, e sobre as heranças espirituais que o sacerdote deixou para toda uma nação. Leandro Gabriel, de 13 anos, ouviu do seu pároco sobre o Padre Cicero e as grandes romarias a Juazeiro, e disso nasceu o desejo de conhecer de perto o “Santo Juazeiro”. Junto de sua mãe, vieram de Bom Conselho, no Pernambuco, e vivenciaram a sua primeira romaria. “É assim, um momento muito importante, muito bonito, mais do que eu achava que era”, disse entusiasmado. “E quero voltar de novo, se Deus quiser!”, completou.

Fonte: Mãe das Dores Juazeiro/Assessoria de comunicação

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