
A ambição da eugenia é usar a ciência para controlar a natureza humana até para fins considerados bons, para aumentar nossa eficiência. O nazismo de Adolf Hitler usou a eugenia para mostrar que a raça alemã era superior a outras raças, por isso, segregava negros, judeus e ciganos que mais tarde foram mortos no Holocausto. Pela sua natureza, o desenvolvimento da engenharia genética convive com problemas legais e éticos. Um dos principais fatores que exigem um controle rígido pela sociedade organizada, e que tem gerado polêmicas ético-morais, é a manipulação do genoma de seres vivos com fins eugênicos, ou seja, a de depuração da espécie. Outro caso é a retirada de células-tronco de embriões humanos, principalmente condenada por religiões cristãs, que consideraram o ato uma agressão à vida. A escolha dos melhores embriões, a escolha do sexo do filho, o aborto porque o feto tem defeitos físicos, a esterilização por motivos de raça ou debilidade mental etc. tudo isso é influenciado pela engenharia genética e tem fortes tendências eugenicas.
Grandes cientistas criticam a manipulação do material genético sem finalidade médica. Nesta área a moral católica condena os seguintes casos: a) o aborto em si por qualquer motivo e especificamente o aborto quando o feto tem defeito físico ou mental, ou tem o sexo não desejado; b) os vários tipos de inseminação artificial; c) a fecundação “in vitro”; d) laqueadura das trompas (provavelmente lícito em certos casos graves); e) eutanásia; e f) distanásia. Há cientistas que nos alertam para os riscos de se querer controlar a natureza humana. Acredito que o conhecimento científico seja irrestrito, mas argumento que seu uso social deve ser bem regulado.
Pe. Dr. Brendan Coleman c Donald, Redentorista.