Brasão da Arquidiocese de Fortaleza

Cristo: ontem, hoje e sempre

Padre Geovane Saraiva*

Maria é toda especial e quer nos acompanhar em 2020, que já iniciou. E sobre ela assim diz Fulton Sheen, sábio, homem de Deus: “Maria é como a lua, uma vez que sua luz é sempre o reflexo da luz superior e divina”. A Mãe Santíssima quer revelar o exemplo dos reis magos, que, conduzidos pela estrela e iluminados pelo Espírito de Deus, peregrinaram até encontrar o Menino Jesus. É claro que o Deus Menino caminha conosco, não nos permitindo hesitar diante do cansaço da longa, incerta, mas esperançosa viagem da vida, bondade e graça divina.

A manifestação da glória de Deus, como luz das mulheres e dos homens de boa vontade, constata-se no plano salvífico, quando se percorre o caminho da unidade, na busca da justiça e da paz. Pensemos na pequena cidade do verdadeiro pão, Belém, mas que dela saiu aquele que entrou para a História da humanidade, querendo uma única coisa: a sua restauração. É a graça de Deus a se manifestar como luz aos que se abrem e aceitam acolher o poder redentor de Deus, no reconhecimento de sua glória, na conquista de um mundo justo e fraterno.

Aqueles célebres, inestimáveis e preciosos presentes foram oferecidos ao Menino Jesus, na mais elevada relevância, como símbolos de sua missão: o ouro representa a realeza; o incenso, a divindade; e a mirra, a vida humana. Reflitamos, pois, sobre o significado litúrgico da epifania, ou manifestação reveladora do poder de Deus sobre todos os povos da terra. Deus, que veio habitar entre nós, mostra-nos sua graça de acolhê-Lo e reconhecê-Lo como o Senhor da vida e da História, como no exemplo dos reis magos. Seu nascimento causa reação, de nossa parte, de aceitá-lo ou não.

Com grande amor pela vida, digamos “sim” ao bom Deus, destemidos e com disposição interior, no começo de um novo ano! Ano Novo nos recorda que em nossa vida há um passado, um presente — marcado pelos mesmos riscos e vulnerabilidade da família de Nazaré — e um futuro (cf. Hb 13, 8). Mas o convite, a respeito do futuro — do ponto de vista da nossa resposta de fé —, cabe colocá-lo nas mãos de Deus como algo misterioso, na tenacidade da esperança que não engana e faz viver! Assim seja!

*Pároco de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza

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