Clima de fé, gratidão e esperança marca funerais da mãe de Dom Gregório Paixão, OSB

A manhã desta terça-feira, 15 de julho de 2025, foi marcada por um profundo clima de fé e serenidade na celebração das exéquias da senhora Josefa Bernadete Paixão Gregório, mãe do Arcebispo Metropolitano de Fortaleza, Dom Gregório Paixão, OSB, falecida aos 99 anos de idade. O funeral e sepultamento ocorreram no Cemitério Parque Colina da Saudade, em Aracaju (SE), reunindo familiares, amigos, membros do clero, bispos e fiéis, que se uniram em oração pela alma de dona Josefa, exemplo de vida cristã, maternidade e amor familiar.

Dom Gregório, que se encontrava em missão pastoral no Recife (PE), onde participaria da novena de Nossa Senhora do Carmo, foi surpreendido com a notícia do falecimento de sua mãe na noite do domingo, 14. Com profundo espírito filial, interrompeu imediatamente seus compromissos para estar ao lado de seus irmãos e familiares nesse momento de despedida, fé e recolhimento.

A celebração das exéquias foi profundamente tocante, marcada pela esperança cristã na ressurreição e por uma sincera gratidão à vida de dona Josefa Bernadete. Durante a homilia, Dom Gregório compartilhou, com emoção e serenidade, preciosas memórias e lições que herdou de sua mãe, revelando não apenas o vínculo íntimo entre ambos, mas também o testemunho de fé silenciosa e fecunda de uma mulher que soube viver com grandeza a vocação materna.

“Ela desejou realizar a maior de todas as vocações: ser mãe”

Com voz firme, mas coração comovido, Dom Gregório destacou que sua mãe viveu com simplicidade e grandeza a vocação de ser mãe. “Era uma mulher profundamente discreta, sempre querendo viver no lar, para o lar e para os seus filhos. E através do seu exemplo, aprendemos algumas coisas essenciais que guardamos até hoje.”

A homilia trouxe quatro grandes heranças espirituais que, segundo Dom Gregório, marcaram sua formação e a de seus irmãos:

  1. Amar a Deus acima de tudo:
    “Esse foi o maior patrimônio que recebemos. A vida cristã, recebida através da catequese da minha mãe, nos ensinou que, se tivéssemos a coragem de olhar para o céu, seríamos capazes de transformar a nossa vida e a vida dos irmãos ao nosso redor.”
    O Arcebispo destacou a fé como a raiz de toda a educação familiar, um alicerce invisível, porém fortíssimo.
  2. Vida em família como expressão de comunhão:
    “Sempre cuidadosa, sempre desejando que entendêssemos os desígnios de Deus, ela nos ensinou que nossas vidas estavam coladas umas às outras, e por isso nos protegeu bastante.”
    Dona Josefa foi, nas palavras do filho, um elo silencioso que unia e sustentava a família nos momentos de alegria e também nas adversidades.
  3. Educação como caminho de libertação e transformação:
    “Ela viu na educação a possibilidade de que pudéssemos deslumbrar um novo existir.”
    O incentivo aos estudos, à leitura e à formação intelectual era, para ela, uma forma concreta de abrir horizontes e preparar os filhos para o mundo.
  4. Liberdade vocacional respeitada e promovida:
    “Ela nos deixou viver a nossa vocação. E respeitando as nossas escolhas, nos deu a possibilidade de fazer aquilo que sentíamos ser força de Deus.”
    Com generosidade e fé, dona Josefa não impôs caminhos, mas ajudou a discerni-los, entregando cada filho à vontade divina.

Essas palavras, ditas diante do túmulo de uma mãe, tornaram-se um testemunho de vida, não apenas familiar, mas eclesial, inspirando a todos os presentes sobre o valor das pequenas grandezas que edificam uma vocação, uma família e até mesmo uma missão episcopal.

Um testemunho silencioso que gerou frutos para a Igreja

A celebração foi concluída com um profundo clima de oração e confiança na vida eterna. O sepultamento foi marcado por gestos de carinho, cânticos litúrgicos e o silêncio respeitoso que só os grandes testemunhos conseguem impor. Para os que ali estavam, ficou evidente que a vida de dona Josefa, mesmo longe dos holofotes, frutificou não apenas nos laços familiares, mas na própria Igreja, por meio do sim generoso de seu filho Dom Gregório.

Solidariedade da Arquidiocese de Fortaleza

A Arquidiocese de Fortaleza, profundamente unida a seu Arcebispo neste momento de luto, expressa suas condolências e orações, e convida todo o povo de Deus a elevar preces em sufrágio da alma de dona Josefa Bernadete. Missas e intenções estão sendo celebradas nas comunidades paroquiais da Arquidiocese como sinal de comunhão e carinho.

Neste tempo de dor e esperança, permanecem vivas as palavras do Apóstolo: “Para aqueles que amam a Deus, tudo concorre para o bem” (Rm 8,28). Que dona Josefa Bernadete repouse na paz do Senhor e receba, das mãos do Bom Pastor, a recompensa dos justos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Faça a sua pesquisa

Os cookies nos ajudam a entregar nossos serviços. Ao usar nossos serviços, você aceita nosso uso de cookies. Descubra mais