“Eu Vim para que todos tenham Vida, e Vida em abundância”, (Jo, 10,10).
Ato pela Vida, em Fortaleza-CE aconteceu no dia 19 de agosto de 2017, com concentração na Praça do BNB, e com caminhada até a Praça Coração de Jesus.
A Pastoral do Povo da Rua juntamente com a população de rua, movimento de rua, entidades, poder público, parceiros, amigos(as) da populações de rua, queremos fortalecer nosso grito neste Dia Nacional de Luta pela Vida e Dignidade do Povo da Rua.
Queremos fazer memória do massacre, da chacina que ocorreu em SP, Praça da Sé, em 2004, onde mataram vários moradores de rua, enquanto dormiam. Hoje essa realidade de morte, de negação dos direitos, de inexistência de política séria, com qualidade, faz repetir, dia a dia esse matança dos homens e mulheres que se encontram nas ruas em nosso país e em Fortaleza. Quantos morrem, quantos são espancados, sofrem violência física, simbólica? São apurados os casos?
Queremos dizer alto, com firmeza, que basta de tantas mortes, basta de tanto preconceito, basta de desigualdade social, queremos construir caminhos que possam nos garantir uma cidade para todos(as), moradia, saúde, trabalho e geração de renda, educação, segurança, cultura, segurança alimentar e tantos outros direitos que a pessoa humana tem, o povo da rua tem, mas que infelizmente os governos não priorizam.
O povo da rua não quer só comida, o povo da rua, homens e mulheres, são portadores de dignidade, de direitos, portanto como cidadão e cidadãs, devem ter a garantia dos direitos básico para viver. Os governos tem a responsabilidade de promover esses direitos, de construir, elaborar, politicas estruturantes que possibilite o processo de superação da rua, que apresente condições para o povo da rua reconstruir suas histórias, sua vida. Não queremos esmolas, não queremos ação descontinuada, não queremos serviços feitos, de qualquer forma. Acreditamos em politicas sérias, estruturadas, com continuidades, com trabalhadores que respeitem o povo, que some conosco nesta trajetória.
O direito a cidade, morar onde tenha acesso aos serviços, ter trabalho e renda , saúde, é fundamental para esse processo. Sem lugar para morar, o povo fica desprotegido, alheio a própria sorte, exposto as diversas violências e doenças. Precisamos fortalecer as parcerias, efetivar direitos, monitorar as politicas, podemos fazer novo caminho, lutando por políticas com qualidade, por moradia, por segurança, por saúde, por cidadania.
O Povo da Rua quer viver, basta de matança, basta de negação de direitos.
O Povo da Rua quer cidadania, quer viver na cidade, lugar para todos(as).
Povo da Rua também é gente, viva o Povo da Rua.
Contatos: Fernanda (85) 98555-6008 Milton (85) 98786-0576.
Por Fernanda Gonçalves – Pastoral do Povo da Rua Arquidiocese de Fortaleza