
Os bispos lamentam que “no Congresso se formem bancadas que reforçam o corporativismo para defender interesses de segmentos que se opõem aos direitos e conquistas sociais já adquiridos pelos mais pobres”. A CNBB considera, por exemplo, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/2000, “uma afronta à luta histórica dos povos indígenas que até hoje não receberam reparação das injustiças que sofreram desde a colonização do Brasil”. Os bispos são contra a “PEC 171/1993, que propõe a redução da maioridade penal para 16 anos, já aprovada pela Comissão da Constituição, Cidadania e Justiça da Câmara”. Para eles é preciso ser desfeito. Os bispos da 53ª. Assembleia Geral da CNBB estão contra o Projeto de Lei 3722/2012, que altera o Estatuto do Desarmamento. Eles acham que vai à contramão da segurança e do combate à violência. A arma dá a falsa sensação de segurança e de proteção.
Estes itens já mencionados e de outros têm solução em uma reforma política que atinja “as entranhas do sistema político brasileiro”. A nota recorda que, apartidária, a proposta da Coalização pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, da qual a CNBB e a OAB são signatárias junto com 109 entidades da sociedade civil, se coloca nessa direção.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1.
Uma resposta
É lamentável o retrocesso que estamos vivendo depois de tanta luta. Mais triste ainda é ver as pessoas com boa intenção dando aval aos políticos para medidas que vão contra nós mesmos, os do povo. A redução da maioridade é um exemplo. Depois de todo o descaso com o Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê medidas socioeducativas para crianças em conflito com a lei, agora o que se busca é vingança pura e simples, quando o normal seria corrigir as falhas visíveis do cumprimento das medidas socioeducativas.