
O ecumenismo é a realização do desejo de Jesus: “Que sejam um… para que o mundo creia” (Jo 17, 21). Jesus não quer seus discípulos divididos por doutrinas e estruturas religiosas. Estas são formas de compreender o Evangelho, e as diferenças entre elas não precisam dividir os cristãos. Cada Igreja deve contribuir para a comunhão do Povo de Deus. Ecumenismo significa: a) conversão de coração para reconhecer o que há de bom nas outras igrejas cristãs; b) ficar alegre com o muito que temos em comum, em vez de ficar buscando motivo para briga; c) procurar conhecer as outras Igrejas, sem preconceito e sem ingenuidade também; d) colaborar com os irmãos de outras Igrejas em tudo o que ajuda o progresso do Reino de Deus; e) tratar as outras Igrejas como gostamos que a nossa seja tratada; e f) orar pela unidade, com seriedade e ternura.
A Igreja Católica no Brasil desenvolve ações ecumênicas integrando o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC). Este Conselho é composto das seguintes igrejas: Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Cristã Reformada, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, e Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia. Os membros do CONIC estão incentivando os discípulos e discípulas missionários a desenvolverem atividades mais intensas na Semana Nacional de Oração pela Unidade dos Cristãos e na realização da Campanha da Fraternidade Ecumênica. Além do ecumenismo, que se refere ao diálogo com as Igrejas Cristãs, a Igreja Católica promove, em todo o mundo, o diálogo inter-religioso, afirmando que “nada rejeita do que há de verdade e santo nessas religiões” (cf. Nos. 78 e 79 do Texto base da Campanha da Fraternidade, 2015).
Acredito que é importante para enfatizar o que o ecumenismo não é: a)juntar todas as igrejas numa só; b) deixar de crer no que ensina sua igreja para viver em paz com todo mundo; c) fazer de conta que não há diferenças ou problemas entre as igrejas; d) tentar seduzir o outro para a nossa Igreja; e) aceitar sem crítica o que vem de outros grupos; e f) exigir que o outro se acomode às nossas doutrinas. A Igreja Católica seguindo a orientação da Declaração Nostra Aetate, um documento do Concílio Ecumênico Vaticano ll, exorta os fiéis ao diálogo sincero com os membros das grandes religiões, sobretudo o judaísmo, o islamismo, o budismo e o hinduísmo afirmando “nada rejeita do que há de verdade e santo nessas religiões” (cf. Declaração Nostra Aetate No. 2).
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1
Uma resposta
Muito bom o artigo, confere com estudos sobre Ecumenismo que em classe na PUC-PR, estudamos hoje.
Ariosto Vicente Gurgacz