Cidade de Fortaleza (CE). A Catedral Metropolitana de Fortaleza acolheu, na noite do dia 9 de agosto, uma celebração solene e significativa para a Arquidiocese: a ordenação de oito novos diáconos permanentes. A cerimônia foi presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Gregório Paixão, OSB, que, por meio da imposição das mãos e da oração consecratória, conferiu o ministério diaconal aos candidatos, confirmando o chamado vocacional reconhecido e acolhido pela Igreja.
A solene Celebração Eucarística, realizada no sábado, às 19h, foi marcada pela reverência, pela solenidade e pela beleza da liturgia. A Catedral, repleta de familiares, amigos, presbíteros, religiosos, diáconos e fiéis vindos de diversas comunidades, tornou-se espaço visível da unidade e da comunhão eclesial. Na mesma noite, oito irmãos receberam o ministério ordenado do Diaconato Permanente:
- Aderaldo Ribeiro de Queiroz Júnior
- Aristeu de Holanda Cavalcante Neto
- Francisco das Chagas Mesquita de Queiroz
- Francisco Erlanio Pinheiro Machado
- Fernando Willame da Silva Morais
- Luis Gonzaga Barbosa Sousa
- Jackson César Coelho Santiago
- Francisco Sérgio Cunha de Oliveira
Chamados a servir com humildade e caridade
O diaconato permanente é uma vocação que floresce no coração da Igreja. Restabelecido no Ocidente a partir do Concílio Vaticano II, ele representa um ministério ordenado, próprio e estável, voltado ao serviço da Palavra, da Liturgia e da Caridade. Conforme o Catecismo da Igreja Católica (§1571-1572), o diácono é configurado a Cristo, que se fez “servo de todos”.
Testemunhos de fé e emoção
Os momentos mais tocantes da celebração incluíram o rito da prostração durante a Ladainha de Todos os Santos, sinal visível da entrega total dos candidatos a Deus. Entre os que receberam o ministério, os testemunhos emocionados refletem a profundidade desse passo.
“No dia da minha ordenação diaconal, vivi uma alegria imensa, fruto de um momento esperado por muitos anos por mim e por minha família. Senti-me respondendo a um chamado que Deus me fez há muito tempo e que, nesta celebração, se tornou realidade concreta”, partilhou o Diácono Aristeu de Holanda Cavalcante Neto.
“O momento da prostração foi extremamente forte. Saber que naquele instante o Espírito Santo está efetivamente transformando nossas vidas é algo indescritível. E ver meus filhos também prostrados diante de Deus reforçou o sentido profundo dessa entrega. Hoje posso dizer com Maria: ‘O Senhor fez em mim maravilhas!’ (Lc 1,49)”, concluiu, emocionado.
Na mesma sintonia, o Diácono Jackson César Coelho Santiago destacou o sentimento de gratidão e a consciência da missão:
“Foi um momento de profunda emoção, marcado pela gratidão e pela alegria. Gratidão a Deus, que chama e capacita, e a todos que fizeram parte dessa caminhada: familiares, amigos, formadores, padres, comunidades e todos que ofereceram apoio, oração e carinho”, afirmou.
“Essa alegria nasce do chamado acolhido com amor e da certeza de que não estamos sozinhos. A ordenação marca o início de uma grande missão: servir com humildade e caridade, anunciar o Evangelho com fidelidade e ser sinal do amor de Cristo no mundo. É um novo passo na vocação, com desafios e responsabilidades, mas com a confiança de que ‘Aquele que chama é fiel e é Ele quem agirá’ (1Ts 5,24).”
Igreja viva, vocações fecundas
A ordenação dos oito novos diáconos é sinal de uma Igreja viva, que acolhe com alegria os dons que o Espírito Santo suscita em seu seio. O diaconato permanente é uma resposta concreta à necessidade de evangelização nos tempos atuais, especialmente no serviço aos pobres, na animação das comunidades e na promoção da caridade pastoral.
Com a ordenação, esses homens — muitos deles casados e pais de família — assumem o compromisso de serem ponte entre o altar e a vida concreta do povo, entre a Palavra proclamada e a prática do amor cristão.
A Arquidiocese de Fortaleza se une em oração por esses novos servidores, pedindo a Deus que os fortaleça no exercício fiel e generoso de seu ministério, para que continuem sendo luz no meio do povo e reflexo do Cristo Servo, que “não veio para ser servido, mas para servir”.
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Fotos: Laércio Peixoto.