Natália Fonteles, Adital
A Celebração em homenagem a memória de Frei Tito de Alencar, que foi torturado, exilado e morto durante a ditadura militar brasileira, ocorreu nesta terça-feira, 1º de abril, no Cemitério São João Batista, em Fortaleza, Estado do Ceará. Estavam presentes Nildes Alencar, irmã de frei Tito, membros das Pastorais Sociais, das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), da Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil, Ermanno Allegri, diretor executivo da Agência de Informação Frei Tito para América Latina (Adital), estudantes, entre outros admiradores do ex-preso político.

Cantos, orações e discursos deram o tom da celebração. Em clima de comoção, foi lido pelos presentes o relato “As próprias pedras gritarão”, que conta como foram os dias de torturas vividos por Frei Tito; o relato foi escrito pelo próprio Frei.

Assim como Rosana, outros admiradores, como o artesão Juscelino da Silva, estavam presentes na celebração. O artesão contou que estava presente no dia em que os restos mortais de Frei Tito chegaram à Catedral De Fortaleza (fato ocorrido em março de 1983) e que se sentia emocionado de estar depois 31 anos homenageando mais uma vez a luta do frade dominicano.
Para assistir o discurso de Nildes Alencar acesse: https://www.youtube.com/watch?v=zjnYDKMq62Q – por Adital.
Ou aqui: https://www.youtube.com/watch?v=XoeMOzYzenI&feature=youtu.be, por Sandra Helena integrante da Critica Radical.
“As próprias pedras gritarão”, este é o depoimento de um preso político, frei Tito de Alencar Lima, 24 anos. Dominicano. (redigido por ele mesmo na prisão). Este depoimento escrito em fevereiro de 1970 saiu clandestinamente da prisão e foi publicado, entre outros, pelas revistas Look e Europeo. Frei Tito, por ele mesmo. Leia aqui.
Fotos, Janayna Gomes – Setor de Comunicação da Arquidiocese de Fortaleza.
Fonte e fotos da matéria: Adital