
O documento final do Sínodo reafirmou os ensinamentos da Igreja Católica sobre homossexuais, afirmando que eles (elas) não devem sofrer qualquer discriminação na sociedade, mas também repetiu a posição de que “não há qualquer fundamento” para o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que “não pode nem mesmo remotamente” ser comparado a uniões heterossexuais. O espinhoso tema da homossexualidade foi abordado em apenas um parágrafo, no qual se reitera que a Igreja Católica “respeita” os homossexuais, condena qualquer “discriminação injusta” e se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. O restante desse parágrafo recomenda a Igreja a “acompanhar as famílias com um membro homossexual”.
Outro assunto muito importante que foi abordado no Sínodo foi a pedofilia na Igreja. Os bispos do Sínodo reiteraram que a instituição aplicará “tolerância zero” em relação à pedofilia, comprometendo-se a colaborar “de forma estreita” com a Justiça. Uma frase do Santo Padre que chamou a atenção foi: “O Sínodo mostrou que os verdadeiros defensores da doutrina católica não são aqueles que se agarram “as letras”, mas sim ao “espírito”. O primeiro dever da Igreja não é aquele de distribuir condenações , mas o de proclamar a misericórdia de Deus e de chamar à conversão”. O porta-voz do Vaticano, padre Frederico Lombardi S.J., lembrou que se trata de propostas dirigidas ao papa, que decidirá se será necessário elaborar um documento papal sobre a família. No encerramento do Sínodo, o papa Francisco elogiou a liberdade de expressão que reinou ao longo das três semanas de trabalho e criticou abertamente “os métodos não de todo benévolos” empregados pelos setores conservadores contra suas propostas de reforma.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE 1
Uma resposta
Parabens pelo resumo.