No dia 29 de agosto a Igreja Católica celebra a festa do Martírio de São João Batista. Conhecido como o “precursor” de Cristo. Filho de Zacarias, sacerdote do Templo, e de Isabel, prima de Maria, a Mãe de Jesus. Nasceu milagrosamente, quando seus pais eram já idosos. Sua vida e pregação, seus atos e morte parecem nos quatro evangelhos. Isso significa que os primeiros cristãos davam uma importância muito grande ao fato. A palavra “batizar” vem do grego e era usada na linguagem de todo dia, significando “mergulhar”. Nada sabemos da infância e adolescência de João, até que começou a pregar e batizar próximo do ano 27 de nossa era. O Evangelho descreve com traços fortes e sóbrios seu estilo de vida e pregação. Parece o retrato vivo dos profetas do AT: alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre, vestia uma pele de camelo e pregava o arrependimento e a preparação para a vinda do Messias e de seu reinado. Segundo São Lucas 1, 80 viveu no deserto até o dia de sua manifestação a Israel. Jesus, falando sobre João Batista disse: “Na verdade vos digo, dentre os nascidos de mulher nenhum foi maior que João Batista” (Mt 11, 7-11). São Lucas também recorda a mesma coisa: “Entre os nascidos de mulher não há ninguém maior do que João” (Lc 7, 28).
Chegado o tempo “foi-se por toda a região do Jordão proclamando o batismo para o perdão dos pecados” (Lc 3,3). João aparece como o preparava o caminho da salvação. “Eu vos batiza com água, mas vem o que é mais forte que eu e não mereço soltar-lhe a correia do sapato. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo” (Lc 3, 16). Daí vem seus dois grandes títulos: “Precursor” e “Batista”. João, com efeito, batizou o Cristo e o reconheceu como o Messias quando o Espírito Santo desceu sobre ele (Jo 1, 29-34). O batismo de Jesus por João foi o evento mais importante de sua vida. João Batista deu testemunho sobre Jesus dizendo: “Eu vi o Espírito descer do céu em forma de pomba e permanecer sobre Ele”. Eu não o conhecia, mas quem me enviou para batizar com água me disse: “Aquele sobre quem vires descer o Espírito e permanecer, esse é que batiza no Espírito Santo. Ei vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus” (Jo. 1,29-34). João enfatizou a dimensão de conversão no batismo, e pregou isto para todo o povo de Israel.
Cumprindo sua missão de profeta, denunciou a união incestuosa de Herodes com sua sobrinha Herodíades, mulher de seu irmão. O ódio de uma e a debilidade do outro se combinaram para que Salomé, filha de Herodíades, a pedido de sua mãe, exigisse a cabeça de João depois de haver dançado na frente do rei. Herodes mandou executá-lo na prisão de Maqueronte, às margens do Mar Morto. Pouco depois lhe era apresentada a cabeça em uma bandeja. Nada sabemos com certeza sobre suas relíquias. Sabemos somente que os discípulos de João ouvindo da sua morte, foram lá, pegaram o corpo dele e o colocaram num túmulo (Mc 6, 21-26). Várias tradições as situam em Sebaste na Samaria onde lhe era rendido culto já no século lV. A festa de seu nascimento vem sendo celebrada ininterruptamente desde o século lV no dia 24 de junho, tanto no Oriente como no Ocidente. Numerosas Igrejas levam seu nome em todo o mundo. A festa de sua decapitação ou morte celebra-se a 29 de agosto e a festa de seu nascimento no dia 24 de junho. Aqui no Brasil São João batista é Padroeiro principal da Arquidiocese de Niterói, e das dioceses de: Almanar, Barreiras, Caratinga, São João de Boa Vista, São João del Rei e Foz do Iguaçu.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista