
É interessante ouvir as opiniões de dois dos cardeais brasileiros que são membros do Sínodo. Dom Odilo Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo afirmou que no Sínodo “Não existe uma divisão, duas bancadas”, enquanto o Cardeal Arcebispo de Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, admitiu que o Sínodo não chegou a uma conclusão em relação a questões polêmicas envolvendo casais homossexuais e o divórcio, mas disse que “foram dados passos e realizadas discussões para que, sem deixar a doutrina, ou seja, aquilo que é correto para a Igreja, também seja possível ir ao encontro das necessidades pastorais”. O Cardeal Damasceno, Arcebispo de Aparecida segunda a revista “ISTO É” afirmou que “a Igreja é a casa paterna, e deve acolher uniões homossexuais” (cf. Edição 15/10/2014, p. 73).
Porém, o Papa Francisco mais uma vez surpreendeu a Igreja anunciando que o Vaticano iria publicar “toda a documentação do Sínodo, dos rascunhos às votações”. Com este gesto o Papa além de zelar para transparência dos assuntos do Sínodo, deseja que as igrejas do mundo acompanhem os debates. É oportuno lembrar que o texto final sem qualquer menção dos homossexuais ressalta que “Cristo quis que sua Igreja fosse uma casa com porta sempre aberta, recebendo a todos sem excluir ninguém”. A Terceira Assembleia do Sínodo dos Bispos foi encerrada oficialmente domingo, dia 19 de outubro, com uma missa celebrada pelo Papa Francisco, quando também será realizada a beatificação do Papa Paulo Vl.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1