Brasão da Arquidiocese de Fortaleza
Arquidiocese de
Fortaleza

5 – Dom José de Medeiros Delgado (1963 a 1973)

E) Dom José de Medeiros Delgado
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3º Arcebispo de Fortaleza

Nasceu na Fazenda Timbaúba, município de Pombal, hoje, Condado, Paraíba, no dia 28 de julho de 1905. Fez seus primeiros estudos na cidade de Serra Negra, Rio Grande do Norte.

Entrou para o Seminário de João Pessoa no dia 04 de março de 1918, terminando ali os cursos de Humanidades e Filosofia, em 1924, tendo seguido para Roma onde fez os primeiros anos de teologia.

Por motivo de saúde, voltou a João Pessoa, onde terminou a teologia e ordenou-se em 02 de julho de 1929.

Eleito bispo de Caicó, Rio Grande do Norte, a 15 de março de 1941, onde ficou até janeiro de 1952. De Caicó foi transferido para o maranhão, a 04 de setembro, tomando posse da Arquidiocese de São Luis a 03 de fevereiro de 1952. Ali permaneceu até sua transferência para Fortaleza, empossando-se no dia 08 de setembro de 1963. Governou a Arquidiocese de Fortaleza durante 10 anos, renunciando a 04 de abril de 1973, indo residir em Recife-Pernambuco.

Entre suas realizações nesta Arquidiocese, destacamos:
– Reabriu o Seminário Regional Nordeste I, que forma os futuros sacerdotes das dioceses do Ceará.
– Organizou a Fundação João XXIII
– Fundou o Centro de Treinamento Frederico Ponte, (CETREFP) em Pacatuba.
– Revitalizou o Banco Popular de Fortaleza.
– Adquiriu a Casa Pacheco, destinada ao lazer do Clero.
– Constituiu a nova Residência Episcopal, preparando a chegada de seu sucessor.

Faleceu no dia 8 de março de 1988, sendo sepultado conforme seu pedido, em Caicó, Rio Grande do Norte, sua primeira diocese.

A Verdade sobre dom Delgado – Por José de Ribamar Brandão

Histórico do Pastoreio Episcopal de Dom José de Medeiros Delgado

Jubileu Centenário da Arquidiocese

 Continuando a relatar um pouco da história da Arquidiocese de Fortaleza, ao longo destes cem anos, publicamos neste Boletim Informativo de fevereiro o pastoreio episcopal de Dom José de Medeiros Delgado, fazendo sobressair apenas a criação das paróquias e as principais ações realizadas em seu pastoreios episcopal. As nossas fontes principais têm sido os anuários da Arquidiocese de Fortaleza, que não são muitos.

Nascimento: 18 de julho de 1905, Pombal, PB.
Ordenação presbiteral: 2 de junho de 1929.
Ordenação episcopal: 29 de junho de 1941.
Bispo de Caicó, RN: 29 de junho de 1941.N
Nomeado arcebispo de São Luís, MA: 4 de setembro de 1951.
Nomeado arcebispo de Fortaleza: 10 de maio de 1963.
Renúncia como arcebispo de Fortaleza: 26 de março de 1973.
Falecimento como arcebispo emérito de Fortaleza: 9 de março de 1988


Bispos auxiliares

Dom Raimundo de Castro e Silva (os dados já se encontram em segundo arcebispo).

Dom Gérard-Paul-Louis-Marie de Milleville, C.S.Sp.Bispo auxiliar: de 1964 a 1984. 

Nascimento: 27 de maio de 1912, Londiniéres, França.
Ordenação presbiteral: 26 de agosto de 1939.
Nomeado Vigário Apostólico de Conakry, Guiné: 8 de maio de 1955.
Ordenação episcopal: 20 de novembro de 1955.
Arcebispo de Conakry, Guiné: 20 de novembro de 1955.
Bispo auxiliar de Fortaleza: 1964.
Administrador Apostólico de Basse Terre, Guadalupe: de 29 de janeiro de 1968 a 5 de outubro de 1970.
Renúncia como bispo auxiliar de Fortaleza: 1984.
Falecimento como arcebispo emérito de Conakry, Guiné: 12 de janeiro de 2007.


– Dom Miguel Fenelon Câmara Filho, do presbitério de Fortaleza .Bispo auxiliar: de 19 de março de 1970 a 5 de fevereiro de 1974. 

Nascimento: 4 de abril de 1925.
Ordenação presbiteral: 8 de dezembro de 1948.
Ordenação episcopal: 19 de março de 1970.
Arcebispo Coadjutor de Maceió, AL: 5 de fevereiro de 1974.
Arcebispo de Maceió, AL: 24 de novembro de 1976.
Arcebispo de Teresina, PI: 7 de outubro de 1984.
Arcebispo emérito de Teresina, PI: 21 de fevereiro de 2001.


 Principais Ações Pastorais e Administrativas de Dom Delgado.

– Mudou a direção do Seminário da Prainha, em janeiro de 1964. A formação dos seminaristas passa dos padres lazaristas para os padres diocesanos da Arquidiocese e das dioceses da Província do Ceará.
– Construiu o Seminário Cardeal Frings, nome dado em gratidão ao arcebispo de Colônia, Alemanha, atual Seminário São José–Teologia, no bairro Dias Macedo, para abrigar os seminaristas do Seminário Menor, separando em duas casas distintas os Seminários Menor e Maior.
– Trouxe, em janeiro de 1964, Dom Gerald Milleville, 52 anos, arcebispo de Konakry, na Guiné Francesa, para ser o Vigário Geral das Comunidades Religiosas na Arquidiocese de Fortaleza. Havia sido expulso da Guiné, durante as lutas de emancipação.
– Instalou a sede do recém-criado Regional Nordeste I da CNBB (Ceará, Piauí e Maranhão), no Palácio Episcopal. Os bispos do Nordeste, reunidos em Roma, durante a penúltima sessão do Concílio Vaticano II, decidiram dividir a Região Nordeste em três Regionais. Posteriormente, em 1980, já com Dom Aloísio, houve novo desmembramento e o Regional Nordeste 1 ficou constituído apenas pelas dioceses do Ceará.
– Realizou, em 1966, a primeira experiência de equipes de seminaristas morando fora do Seminário com um padre formador: uma equipe na paróquia de Bela Vista e a outra, em um conjunto habitacional do Mucuripe.
– Adquiriu e aparelhou o Centro de Treinamento Frederico Ponte, na Serra da Aratanha, em Pacatuba, para encontros, retiros, assembleias arquidiocesanas e regionais que passaram a ser realizadas lá, mesmo com a deficiência de estrada.
– Fechou o Seminário da Prainha em janeiro de 1967, transferindo os seminaristas de Filosofia e Teologia para outros seminários, sobretudo para São Paulo e Recife. Os de São Paulo ficaram morando na Paróquia de Tucuruvi e os de Recife, no Seminário de Camaragibe.
– Fundou, em 1967, no Seminário da Prainha, o Instituto Superior de Ciências da Religião (ISCRE), que anos depois se transformou em ICRE, e nomeou uma equipe por ele constituída para levar adiante um projeto conjunto de formação de leigos e de vocacionados ao ministério presbiteral.
– Apoiou os movimentos da ação católica: Juventude Agrária Católica (JAC), Juventude Estudantil Católica (JEC), Juventude Independente Católica (JIC), Juventude Operária Católica (JOC), Juventude Universitária Católica (JUC), Ação Católica Operária (ACO), inclusive com mensalidades pagas pela Arquidiocese para dirigentes leigos liberados. Apoiou também o Movimento de Educação de Base – MEB. As associações e obras pias continuavam. Ainda não haviam surgido as pastorais, nem se falava em agentes de pastoral. As CEBs estão começando.
– Estruturou melhor a Caritas Arquidiocesana, com sede no Palácio Episcopal.- Criou a Fundação João XXIII.
– Vendeu o Palácio Arquidiocesano à Prefeitura de Fortaleza. Preocupado com os padres que procuravam empregos nos colégios, nas universidades ou em repartições públicas, e, obediente ao pacto das Catacumbas, decidiu não morar mais no Palácio e resolveu vendê-lo. O rendimento seria destinado à manutenção do Clero. Esse objetivo falhou, porque a prefeitura demorou demais a pagar, a inflação explodiu e não havia ainda a correção monetária. Em 1970, Dom Delgado foi morar num quarto de hóspede do Seminário da Prainha, (no antigo sítio do Seminário, havia diversos quartos para hospedar os padres, quando vinham a Fortaleza) e só perto de sua renúncia constrói a casa para seu sucessor, no local do sítio do Seminário, esquina da Mons. Tabosa com Senador Almino. A cúria, o Secretariado Arquidiocesano e o Secretariado Regional Nordeste 1 saem também do Palácio e são instalados no Seminário da Prainha, ala da Monsenhor Tabosa.
– Durante o seu ministério publicou diversos artigos, sobretudo, no jornal arquidiocesano O Nordeste e publicou alguns livros. O último foi Pedaços de Mim Mesmo.
– Acolheu seis congregações religiosas femininas;
– Criou onze paróquias;
– Alcançou da Santa Sé a criação das dioceses de Quixadá e Itapipoca.


Congregações Religiosas Femininas

Dom Delgado acolheu as seguintes congregações religiosas femininas: 

• Congregação das Irmãs do Divino Salvador (Salvatorianas), 1964;
• Missionárias de Nossa Senhora, 1965;
• Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus, 1966;
• Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue, 1967;
• Ordem da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria (Concepcionistas), 1968;
• Instituto Missionário do Coração Eucarístico de Jesus, 1972.

Paróquias Criadas por dom José Delgado

1. Nossa Senhora das Dores, Otávio Bonfim, Fortaleza, 1963;
2. Coração Imaculado de Maria, Henrique Jorge, Fortaleza, 1963;
3. Cristo Rei, Aldeota, Fortaleza, 1966;
4. Sagrado Coração de Jesus (1), Centro, Fortaleza, 1968;
5. São Benedito, Centro, Fortaleza, 1968;
6. Cristo Redentor, Cristo Redentor, Fortaleza, 1969;
7. Nossa Senhora do Sagrado Coração, Aerolândia, Fortaleza, 1970;
8. São Pedro e São Paulo, Quintino Cunha, Fortaleza, 1970;
9. São Pio X, Panamericano, Fortaleza, 1971;
10. Santíssima Trindade, José Walter, Fortaleza, 1971;
11. São Vicente de Paulo, Dionísio Torres, Fortaleza, 1971.

.(1) – A Paróquia do Sagrado Coração de Jesus foi extinta, alguns anos mais tarde, no pastoreio de Dom Aloísio.

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