Brasão da Arquidiocese de Fortaleza
Arquidiocese de
Fortaleza

[ARTIGO] Dados sobre os protestos

 No ano 2013 milhares de jovens saíram às ruas para protestar. Palavras de ordem gritadas e escritas nos cartazes contra os aumentos das passagens de ônibus, por maior investimento público em saúde, moradia e educação entre outras reinvindicações. Podemos dizer que estes protestos incendiaram o país, deixando o governo federal e governos estaduais perplexos e preocupados. Os protestos iniciados em junho do ano passado continuam acontecendo, porém, com muito menos adeptos. Sem dúvida os protestos trouxeram algumas mudanças, como por exemplo: o cancelamento do aumento das passagens nos ônibus e trens em certos estados, a destinação dos lucros do petróleo para educação, saúde e moradia etc. Observando as estatísticas que vou apresentar no próximo parágrafo, tenho a impressão que uma boa parcela dos nossos jovens são realmente  despolitizados e poucos interessam  na política.brendan_

Numa pesquisa realizada este ano, quase no aniversário dos protestos do ano passado, pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), perguntando a mais de 7.800 jovens de 15 a 26 anos com a seguinte pergunta: “Há um ano, aconteceram manifestações nas ruas do país. Você foi favorável?”. O resultado revelou que quase 42% dos entrevistaram afirmaram não serem favoráveis aos protestos ou manifestações. É importante frisar que vários dos jovens não concordaram com os protestos por causa do vandalismo  e violência que houve. Aproximadamente 23% dos entrevistados se declararam favoráveis aos protestos, mas influenciados pelas redes sociais. Somente 18% admitiram que participassem nos protestos nas ruas. Enquanto 7% acreditaram que nada mudou no país por causa dos protestos. Outros não sabiam os motivos dos protestos e por isso não participaram.

Muitos acreditam que esse fenômeno foi apenas o início e haverá outros agora neste período de eleição. Basicamente porque ainda há a corrupção e não há evidências de investimentos nos setores públicos. Os protestos pacíficos devem ser respeitados numa democracia, mas o vandalismo não. Espero que os policiais sejam treinados nos métodos modernos de “crowd control” para isolar os vândalos que sequestraram tantos protestos pacíficos e legítimos através da violência e depredações de ônibus, carros, prédios públicos etc. Os jovens estão ligados à política nas televisões, na Internet, pela última geração dos celulares e o iPads etc. Podemos esperar mais protestos como aqueles do ano passado.

Pe. Brendan Coleman Mc Donald

Redentorista e Assessor da CNBB Reg. N1

Faça a sua pesquisa

Os cookies nos ajudam a entregar nossos serviços. Ao usar nossos serviços, você aceita nosso uso de cookies. Descubra mais