Brasão da Arquidiocese de Fortaleza
Arquidiocese de
Fortaleza

Paróquia São Sebastião, Centro, Mulungu

Endereço:Rua padre Elpídio Sampaio, 107
Bairro:Centro
CEP:62764-000
Cidade:Mulungu-CE
Fixo:(85) 3328-1335
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Horário de Missa na Matriz

Domingo: 8h | 19h
Segunda: 
Terça: 
Quarta: 
Quinta: 19h
Sexta: 
Sábado: 

Horário de Atendimento na Secretaria

Domingo: 
Segunda:7h30min às 12h | 13h30min às 17h
Terça:7h30min às 12h | 13h30min às 17h 
Quarta:7h30min às 12h | 13h30min às 17h 
Quinta:7h30min às 12h | 13h30min às 17h 
Sexta:7h30min às 12h | 13h30min às 17h 
Sábado: 

Administração Paroquial

Pároco:Pe. Antônio Marcos Carolino dos Santos
Colaboradores: 
Diáconos:
Secretárias(os):Ana Maria Alves da Silva
Francisco Janderson Cavalcante dos Santos

Confissões:

Sextas-feiras das 14h às 16h, na Igreja Matriz

Data de criação: 07/09/1895

Criada por: Dom Joaquim José Vieira (1884 –1912)

Histórico:

Mulungu

Será delimitada pelas seguintes linhas divisorias ao poente por onde confina com a freguesia de Canindé, partindo as quebradas das serras até o lugar chamado Tope; ao sul por onde confina com a do Coité, partindo do lugar Tope pela estrada que vem do Canindé para a Pintoba até o sítio serragem somente do lado do norte da dita estrada, e daí seguindo pela mesma estrada ao sitio oiteiro dos Barros, Limeira do Dr. Álvaro e Larangeiro dos herdeiros de Sant’Ana, Coêlho; deste ponto, seguindo rumo pela linha da serra onde se dividem as aguas do rio do Meio, de Raimundo Gomes ficando todos estes sítios pertencente a nova freguesia. As nascentes por onde confina com a de Baturités, partindo do já mencionado Rio do Meio seguindo pelo mesmo até o sitio Flor de Joaquim Pinto e daí descendo pelo mesmo rio do Meio com todas as águas a ele pertencente, até o sitio Flor de Salustiano, ficando todos os sitios supra mencionados somente pelo lado norte pertencente a nova freguesia do Mulungú; ao norte por onde confina com a freguesia da Conceição da Serra, servirá de linha divisória a estrada que vem de Baturité, passando pelos sitio Paulino, Santa Clara, Sitio de São Francisco Sampaio, Vicente Pereira Pimenta, correntes do Cel, Prado seguindo pelo sitio Piaba do Cel. Alves Barreira e daí até o sitio São João onde limita-se com o sitio Coité e daí rumo direto até o sitio Embira terminando nas quebradas da Serra.

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HISTÓRIA DA PARÓQUIA FREGUESIA DE MULUNGU:

O começo da nossa história

Infelizmente não encontramos muitas informações oficiais sobre as origens da Igreja Católica em Mulungu nem sobre a construção da Igreja de São Sebastião. Os documentos paroquiais de que dispomos somente fornecem informações a partir do início do século XX. A igreja de são Sebastião (hoje matriz) certamente foi construída antes de 1875, pois em junho daquele ano, o padre João Dantas Ferreira Lima, a convite dos habitantes do povoado, assumiu a capelania permanecendo como capelão até maio de 1884 quando foi nomeado vigário da nova freguesia de Ipueiras.[1] O Diccionário Bio-bibliográfico Cearense de Barão de Studart cita a passagem do padre Manoel Cordeiro da Cruz como capelão de Mulugu. Este, “regressando ao Ceará em 1879, foi capellão de Pernambuquinho, Coité e Mulungu e finalmente vigário encommendado de Canindé e nesse encargo se manteve por 20 annos”.[2] Os dois padres citados tiveram grande destaque na vida eclesial.
O primeiro, padre João Dantas, natural de Capistrano, prestou relevantes serviços como
capelão das Forças Armadas e, depois em Fortaleza foi grande propagador da devoção a Nossa Senhora do Carmo conseguindo transformar uma igreja em ruínas no mais belo e majestoso templo sob a invocação de Nossa Senhora do Carmo. A 30 de julho de 1900 foi distinguido com o título de Monsenhor e Camareiro Secreto Supranumerário de Sua Santidade o Papa Leão XIII.[3]
O segundo, padre Manoel Cordeiro da Cruz, natural de Canindé, prestou relevantes serviços como vigário da Freguezia de Patos na Paraíba e como deputado daquela província. Regressando ao Ceará, destacou-se como vigário de Canindé, sua terra natal.

Pe. Manoel Cordeiro da Cruz
O Jornal O Cearense de 27 de novembro de 1883 noticia a sessão da Assembleia dos deputados da província do Ceará acontecida no dia anterior, 26 de novembro, quando foi apresentada pelo deputado provincial Pedro Jayme de Alencar Araripe, o projeto de criação da freguesia de Mulungu. “O Sr. P. Jayme apresenta uma emenda, creando freguesia no Mulungu.” Porém a ereção da Freguesia só se daria em 07 de Setembro de 1895 por decreto de D. Joaquim José Vieira, Bispo do Ceará. O decreto de criação na nova freguesia estabelece os limites da paróquia: “Será delimitada pelas seguintes linhas divisorias ao poente por onde confina com a freguesia de Canindé, partindo as quebradas das serras até o lugar chamado Tope; ao sul por onde confina com a do Coité, partindo do lugar Tope pela estrada que vem do Canindé para a Pintoba até o sítio serragem somente do lado do norte da dita estrada, e daí seguindo pela mesma estrada ao sitio oiteiro dos Barros, Limeira do Dr. Álvaro e Larangeiro dos herdeiros de Sant’Ana, Coêlho; deste ponto, seguindo rumo pela linha da serra onde se dividem as aguas do rio do Meio, de Raimundo Gomes ficando todos estes sítios pertencente a nova freguesia. As nascentes por onde confina com a de Baturité, partindo do já mencionado Rio do Meio seguindo pelo mesmo até o sitio Flor de Joaquim Pinto e daí descendo pelo mesmo rio do Meio com todas as águas a ele pertencente, até o sitio Flor de Salustiano, ficando todos os sitios supra mencionados somente pelo lado norte pertencente a nova freguesia do Mulungú; ao norte por onde confina com a freguesia da Conceição da Serra, servirá de linha divisória a estrada que vem de Baturité, passando pelos sitio Paulino, Santa Clara, Sitio de São Francisco Sampaio, Vicente Pereira Pimenta, correntes do Cel, Prado seguindo pelo sitio Piaba do Cel. Alves Barreira e daí até o sitio São João onde limita-se com o sitio Coité e daí rumo direto até o sitio Embira terminando nas quebradas da Serra.”[4]

Pe. Benedicto de Araújo Lima
O primeiro a assumir a nova paróquia foi o padre Benedicto de Araújo Lima que, em março de 1902 foi transferido para Aracati.[5] Com a saída do primeiro vigário padre Benedicto em 1902, a Freguesia ficou sob os cuidados do Vigário de Pendência (Pacoti), padre João Alfredo Furtado até 1904 quando tomou posse o padre Luiz Gonzaga Guimarães que escreve no livro de tombo: “Cheguei a esta villa de Mulungu onde encontrei o Revdo. Vigário de Pendência encarregado desta Freguesia, o qual no dia seguinte, domingo, cinco do mesmo mez antes da Missa parochial, perante os fieis desta Freguezia, deu-me posse desta Freguezia.”[6]

O livro de registro de batismos traz a assinatura do padre João Alfredo Furtado entre 1902 e 1904. Sobre este sacerdote, escreve seu colega Padre Misael Gomes em elogio fúnebre:

Padre João Alfredo Furtado
“Em Santa Quitéria ou na Pendência, paróquias diferentes, a cavalo, de volta dos andurriais no ofício de bom pastor, o Vigário cadimo derribava trouxas de roupa da cabeça de mulheres do povo, já não direi samaritanas como as do Evangelho, porém gente muito simples, que ia e vinha da fonte. Toca a rir e a folgar com tais cabeçadas!”[7]

Os livros de registro de casamento, batizados, óbitos e tombo dos primeiros anos da Freguesia de Mulungu (1895 a 1900) não foram encontrados. O que temos de mais antigo é: um livro de casamentos com registros a partir de 1902; um livro de batizados com registros a partir de 1906 e, com uma folha – a primeira – com registros de 1900 e assinatura do padre Benedicto de Araújo Lima; um livro de Tombo com anotações a partir de 1904, na gestão do padre Luiz Gonzaga.
Ao tomar posse da Freguezia o padre Luiz Gonzaga fez imediatamente um inventário dos bens da Paróquia para tomar ciência do que haveria de administrar. Entre os objetos da Matriz encontravam-se: 22 toalhas estragadas, 4 missais velhos, imprestáveis, 1 púlpito movediço, 1 santuário com quatro imagens estragadas, 6 candeeiros de querosene e 1 caixão de defunto velho.[8]
Como ainda não temos um relatório completo sobre a história da paróquia de Mulungu, apresentamos a seguir algumas curiosidades históricas da paróquia que foram registradas no livro de tombo a partir de 1904.

1875 – O recém-ordenado padre João Dantas assume a Capelania de Mulungu.

1883 – O deputado provincial Pedro Jayme de Alencar Araripe, apresenta na Assembleia da província do Ceará, o projeto de criação da freguesia de Mulungu.

1884 – Padre João Dantas é transferido para a freguesia de Ipueiras.

1895 – O decreto de 07 de setembro cria a Paróquia de São Sebastião em Mulungu. Em 15 de setembro toma posse o primeiro pároco padre Benedicto de Araújo Lima.

1904 – Celebrou-se a festa de Nossa Senhora das Dores (para estímulo e fundação da Irmandade de Nossa Senhora das Dores)

13 de Novembro de 1904 – É fundada a confraria de N. S. das Dores. Reuniam-se no primeiro sábado de cada mês tendo uma missa de intenção própria.

25 de Setembro de 1906 – A freguesia de Mulungu é anexada à freguesia de Coité.

10 de Janeiro de 1909 – A freguesia de Mulungu é anexada à freguesia de N. Senhora da Conceição da Serra.

16 de Fevereiro de 1909 – A freguesia de Mulungu é novamente anexada à de Coité.

1909 – Erigida a Capela do Rio Nilo. Em 30 de Novembro do mesmo ano é abençoada. (Pe. José Barbosa de Magalhães)

1918 – Roboco e caiação da Matriz (Pe. Maximiano Pinto da Rocha)

1930 – Citada a festa de São Miguel no Rio Nilo (Pe. Luiz Cheseaux)

15 de agosto de 1931 – Fundada a Congregação das Filhas de Maria (Pe. Luiz Cheseaux)

1936 – Ainda não há casa paroquial. O vigário abriga-se em um apartamento anexo à Matriz. (Pe. Alfredo Rodrigues de Oliveira)

Fevereiro de 1938 – Pintura da Matriz e forro das duas sacristias. (Pe. Alfredo Rodrigues de Oliveira)

1938 – 1939 – Construção da Escadaria (Pe. Alfredo Rodrigues de Oliveira)

1941 – Pe. José Antonio Pequito. O padre Pequito não deixou nenhuma anotação no livro de tombo apesar da reclamação de D. Lustosa.

13 de junho de 1943 – No arraial Catolé, na freguesia de Mulungu, é assentada a pedra fundamental da igreja de N. Senhora de Fátima. (Pe. José Antonio Pequito)

06 de Julho de 1952 – Pe. Aloísio Tavares funda o Círculo Operário. Após a festa de NSD, iniciou a construção do Salão Paroquial e da sede do Círculo.

17 de Setembro de 1952 – Pe. Aloísio agradece às manifestações por ocasião do seu aniversário dizendo: “No céu saberei recompensar-vos”.

02 de Outubro de 1952 – Pe. Aloísio, indo sacramentar uma paroquiana enferma, cai desastrosamente do cavalo em disparada perto do bairro de Santa Inês.

Em 1952 escreveu o Padre José Mário Pontes: “Empenhei-me de corpo e alma para o grandioso templo dedicado a Nossa Senhora de Fátima. Reiniciei logo após a festa de novembro, os trabalhos da construção. Fiz a placa de 70 metros quadrados. Subi as paredes. Fiz os arcos. Acabei a cobertura. Fiz dois altares e mosaiquei os lados da Cruz”

1952 – Citados os bens imóveis da Paróquia: 4 casas. A paroquial, a vizinha da paroquial, a do Posto e a de São Sebastião, muito deteriorada. Terrenos: o do alto da cadeia e o da Igreja e o Cemitério. (Padre José Mário Pontes)

1952 – “Fiz a reforma da casa São Sebastião. Houve grande celeuma. Acharam que houve gastos exorbitantes no banheiro e na privada. Depois reconheceram que eu tinha razão”. (Padre José Mário Pontes)

1953 – “Prosseguimos os trabalhos da construção do Santuário de Catolé”. (Padre José Mário Pontes)

13 de Dezembro de 1953 – Visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima a Mulungu e Catolé. (Padre José Mário Pontes)

13 de Dezembro de 1953 – À chegada da imagem em Mulungu, diz o Pe. José Mário: “O povo não se contendo de alegria, chorou”. (Padre José Mário Pontes)

12 de Maio de 1954 – “Houve pela primeira vez na Capela do Catolé, o ato tocante da coroação à Nossa Senhora”. (Padre José Mário Pontes)

Setembro de 1954 – Por ser contrário à jogatina promovida na vila por ocasião das festas de padroeiro, o vigário ficou “marcado”. Escreve: “ficaram porém, marcando o vigário” (Padre José Mário Pontes)

Novembro de 1954 – “Fiz a festa de N. S. de Fátima no Catolé. Adiantei muito os trabalhos da construção. Terminei o apartamento para os padres”. (Padre José Mário Pontes)

Novembro de 1954 – “Na última noite (da festa) uma cena triste e deplorável (…) sairam dois feridos e dois mortos”. (Padre José Mário Pontes)

Novembro de 1954 -“Comecei a construção da casa paroquial nesta capela”. (Rio Nilo) (Padre José Mário Pontes)

Fevereiro de 1955 – “Devido a uma cobrança de 200 cruzeiros que Murilo Rodrigues Castelo Branco ficou devendo nos leilões, fiquei marcado por ele”. (Padre José Mário Pontes)

Março de 1955 – Ameaçado e exposto a desacatos, o vigário, Pe. José Mário, fecha a Igreja e retira-se para Fortaleza. Com o envio do sub delegado, sargento Manoel Diogo para manter a ordem, o vigário volta.

Setembro de 1955 – É suspensa a festa de NSD devido à insegurança pública, ao excesso de bebida e à jogatina.

24 de Fevereiro de 1957 – Chegada do Pe. Antonio Suzenito Soares Pinto.

13 de Março de 1957 – Pe. Suzenito celebra no Catolé e assume o compromisso de fazê-lo todo dia 13.

24 de Março de 1957 – O distrito de Mulungu é elevado à sede de município pela segunda vez. O prefeito inaugura a luz da cidade.

4 de Novembro de 1957 – “Hoje começamos os serviços de reforma da Igreja Matriz.” (Ampliação e transformação em cruz) (Pe. Antonio Suzenito Soares Pinto)

Setembro de 1958 – É cancelada a festa de NSD devido à seca e à campanha política agitada.

19 de Janeiro de 1961 – “Uns vândalos, acobertados pelos politiqueiros do lugar (…) transformaram o ambiente sadio do leilão em verdadeiro ‘Far-West’. Depois de detonarem cerca de 30 tiros e esfaquearem um cidadão, fugiram, num gesto de covardia, depois de deixarem a cidade em pânico” (Pe. Antonio Suzenito Soares Pinto).

Julho de 1961 – Acontecem as Missões em Mulungu. Em 19 de julho chegam 3 padres para as missões. Entre eles, o vigário de Boa Viagem, Pe. Elpídio Sampaio. (Pe. Antonio Suzenito Soares Pinto)

31 de Outubro de 1961 – Chegada do Pe. Elpídio como vigário substituto.

LEIA TAMBÉM:

Padre João Dantas – Camareiro Secreto do Papa Leão XIII e capelão do povoado de Mulungu

[1] Diccionário Bio-bibliográfico Cearense-Barão de Studart.
[2] Idem
[3] Idem
[4] In: https://www.arquidiocesedefortaleza.org.br/regioes/regiao-serra-%E2%80%93-nossa-senhora-da-palma/paroquias-da-regiao/paroquia-sao-sebastiao-mulungu/
[5] Diccionário Bio-bibliográfico Cearense-Barão de Studart.
[6] Livro do Tombo p. 1 (04 de junho de 1904)
[7] GOMES, Pe. Misael. MONSENHOR FURTADO ATRAVÉS DAS MINHAS REMINISCÊNCIAS. Revista da Academia Cearense de Letras p. 99. In: https://www.academiacearensedeletras.org.br/revista/revistas/1954/ACL_1954_19_Monsenhor_Furtado_atraves_das_minhas_reminiscencias_Pe_Misael_Gomes.pdf. Acesso em: 18.05.2018.
[8] Livro do Tombo, p. 2-13 (12 de junho de 1904)

https://paroquiademulungu.blogspot.com/p/freguesia-de-mulungu-o-comeco-da-nossa.html

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