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Fortaleza

Meditação do Evangelho – XXVII Domingo do Tempo Comum (Mt 21,33-43)

“PERDER OU GANHAR O REINO PELOS NOSSOS FRUTOS”

Queridos irmãos em Cristo!

Convidados pelo Senhor somos todos responsáveis pelos frutos do reino edificado a partir de nossas ações. Deus, nosso Pai, o “dono da vinha” espera que correspondamos com os frutos devido na época esperada (da colheita) no mundo e nas diversas situações que vivemos.

A imagem da vinha é muito apreciada no contexto bíblico pois nos remete a necessidade de um cuidado todo especial desde o cultivo até a colheita da safra. Em circunstâncias severas de tempo, ter um terreno fértil e de boa produtividade é manter a esperança de um bom resultado pelos frutos esperados.

Lembrando o episódio da “vinha de Nabot” em 1 Rs 21, 1-7, a vinha é o lugar onde a vida germina, floresce e dá bons frutos. Também é ameaçada pela cobiça, inveja e pelo mal que nos rodeia com a força que a morte traz!

Todavia, na liturgia desse Domingo somos convidados a nos deixar questionar pela palavra de Deus acerca do tipo de fruto que nossas atitudes representam; seriam estes frutos doces e maduros que alegram o coração de quem tudo investe continuamente em nós, ou pelo contrário, nossas ações são ainda do tipo selvagem e rebeldes contra aquele que tanto nos ama. Nos relatos bíblicos apresentados tomamos consciência da gravidade de não produzir frutos: “o reino vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”. Assim ninguém pode pensar em possuir certa “estabilidade”, pois o reino possui uma dinâmica toda própria capaz de superar quem fechar o coração e não corresponder no amor as suas exigências.

Como, então, produzir frutos para o reino de Deus? São Paulo quando escreve ao Filipenses nos mostra o caminho: Primeiramente o valor da vida de oração que nos leva a quietude diante das dificuldades, depois deveremos focar as nossas atenções e esforços no que é verdadeiro, respeitável, justo, amável, honroso, virtuoso e louvável, portanto um caminho de perfeição composto por sete itens, que muito bem poderíamos apresentar como um caminho de uma vida nova em Deus.

Que o Senhor o bom pastor nos encontre sempre em bons frutos de vida e abençoe as sementes do reino que semeamos com o trabalho de nossas mãos.

Pe. Fernando Antonio Carvalho Costa

Uma resposta

  1. O povo de Israel era comparado à vinha.A primeira leitura de hoje o lembra:" A vinha do Senhor
    é a casa de Israel" por quem Deus tudo fizera.Dela Deus esperava frutos de direito e de Justíça,mas só colheu violência e aflição.Também o Salmo responsorial compara o povo de Israel a uma videira transplantada do Egito para a Terra Prometida e cultivada com carinho por Deus.Jesus retoma a figura usada pelos profetas: a vinha é o "Reino dos Céus",por causa de quem ele viera ao mundo e fizera todo o bem possível.No Reino há lugar para todos trabalharem ou, como dirá em outra parábola,também contada em Jerusalém (Mt 25,14-30) há tempo para todos multiplicarem os talentos recebidos de Deus.Talentos que não petencem à criatura,mas a Deus e a Ele devem ser devolvidos multiplicados.Na parábola de hoje Jesus lamenta que,em vez de os frutos multiplicados serem de justíça(santidade), são de homicídio.Matam os enviados (os profetas)e matam o filho (o próprio Jesus).

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