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Meditação do Evangelho – 5º Domingo da Páscoa (Jo 14, 1-12)

Chegamos a 5ª semana desta nossa caminhada pascal e a liturgia nos apresenta o Senhor Jesus como o caminho que nos leva ao Pai, nos anuncia a verdade imutável de sua mensagem e nos dá como dom de sua presença a vida em abundância!

A nossa vida é marcada pelas escolhas que fazemos e pelos caminhos que traçamos ou que, pelos menos escolhemos trilhar, fazer um bom discernimento a partir da nossa intimidade com Deus torna a nossa missão mais frutuosa e o nosso atendimento às necessidades mais eficaz.

Foi assim que os apóstolos escolheram seus colaboradores no “serviço das mesas” a fim de que, não esquecendo a caridade, o anúncio da Palavra ficasse prejudicado. De fato a pregação e a ação na caridade devem caminhar juntas como forma de expressar a nossa participação transformadora na realidade de vida das pessoas. A comunidade que faz a experiência com Jesus ressuscitado é, portanto, convidada a reorientar ou reorganizar a missão dando novas respostas, com o auxílio do Espírito Santo, para os novos e crescentes desafios.

Em Jesus, pedra outrora rejeitada, mas agora angular pela sua ressurreição – conseqüência de sua obediência à vontade do Pai – somos convidados a reconhecer a grande obra de Salvação que o Pai realizou por meio do sacrifício do seu único filho, como também reconhecer o chamado feito pata todos nós no que diz respeito a nossa tomada de consciência de nossa dignidade como povo escolhido, nação santa, povo sacerdotal para sermos luz para as nações. Esta era a certeza do chamado que o povo de Israel era destinado e que agora nós também o somos!

Todo esse projeto poderá não chegar a bom termo se não buscarmos conhecer quem realmente é Deus na vida da comunidade e na nossa, em especial, como também se nos deixarmos conduzir pelo medo – que paralisa e não permite que possamos avançar corajosamente para o enfrentamento e solução das necessidades.

O Senhor buscando confortar o nosso coração atribulado por diversas tribulações e inquietações diversas, nos mostra o caminho da fé como meio de superarmos as nossas dificuldades. Na verdade as ações de Jesus nos revelam completamente o rosto amoroso do Pai, por isso a sua surpresa quando interrogado por Filipe, mas também Ele deverá indicar o caminho a ser seguido para chegarmos até ao conhecimento profundo do Pai, quando Tomé, necessitado de orientação declara que não sabemos qual é o caminho.

Identificando-se como caminho para o Pai, Jesus quer nos mostrar a verdade sobre nós mesmos a partir de sua pessoa como também nos oferece uma vida nova a partir dos seus ensinamentos.

O desejo do coração humano em ver Deus e aqui lembramos o salmo 42,3 onde os peregrinos ansiosos rezavam; “Quando terei a alegria de ver a face de Deus?”, nos lança diante do desafio de contemplar o divino rosto e até mesmo recuperá-lo diante de tantas imagens desfiguradas pelo sofrimento o pelas necessidades fundamentais humanas ainda não orientadas e saciadas.

Celebramos a páscoa de Cristo na páscoa de todas as pessoas de boa vontade que, seguindo o divino mestre, se prontificam no anúncio e no serviço pautado na caridade, conscientes de seu papel transformador deste mundo como povo eleito por Deus.

Que o Senhor o bom pastor nos ajude a celebrarmos bem o mistério de sua presença!

Em Jesus e Maria.

Pe. Fernando Antonio

 

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