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Fortaleza

Meditação do Evangelho – 2º Domingo do Advento – Ano B (Mc 1,18)

“PREPARAR O CAMINHO DA SALVAÇÃO EM NOSSA VIDA PARA ACOLHER O SENHOR QUE VEM!”

Queridos irmãos em Cristo!

Perseverando vigilantes no Senhor pedimos a Deus que nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do Filho amado, o qual esperamos com toda ternura do coração, a fim de que participemos da plenitude de sua vida! Seguindo o espírito da oração coleta entramos no mistério deste 2º Domingo do Advento.

Consolar e preparar o caminho de Deus no deserto e na solidão.
Escutamos a profecia de Isaías a nos dizer e nos enviando em missão: “Consolai o meu povo, consolai-o”! (cf. Is 40,1) De fato somos convidados a sermos portadores de uma boa notícia para toda a humanidade. Entretanto essa novidade para ser bem acolhida deverá encontrar um caminho preparado, muitas vezes marcado por situações onde a nossa fé está continuamente colocada à prova pelas preocupações, tribulações, problemas e perseguições nas mais variadas formas – a imagem do deserto é bem marcante, pois nos remete a um tempo de caminhada onde Deus vai realizado a sua obra e manifestando a sua presença. Neste lugar somos tentados a desanimar, a abandonar a missão e até mesmo a termos uma visão distorcida da realidade. Também a imagem da solidão como atitude de recolhimento deverá ser observada como um meio privilegiado no qual o Senhor nos fala diretamente ao coração. Saber silenciar nossos sentidos, pacificar nossas inclinações, buscar o silêncio como uma graça, nestes tempos de tantos ruídos, é uma urgência nossas como também uma ascese pessoal e comunitária.

Ouvir Deus que nos fala e nos concede a salvação.
O tempo do Advento como período de preparação para a chegada do Senhor Jesus é também um momento onde devemos buscar uma maior intimidade com o Deus por meio de sua Palavra. Da mesma forma como o salmista (Sl 84/85) expressamos o nosso desejo pessoal de querer ouvir o que o Senhor irá falar e acolher o seu anúncio de paz! Na liturgia dominical, na mesa da Palavra (ambão) por meio das leituras temos uma diversidade e riqueza de anúncio e conteúdo oportunos para o nosso crescimento humano e espiritual. Escutando atentamente e meditando a Palavra os valores do reino serão encontrados em nós: a verdade que aponta para a justiça e o amor que traz a paz ao nosso coração!

A paciência de Deus e o esforço de cada um de nós.
A segunda carta de São Pedro nos apresenta algo que não podemos deixar de levar em consideração: Deus tem um tempo muito diferente da nossa maneira de compreender o tempo. Na vida cotidiana nós até usamos expressões que demonstram essa compreensão, tais como: “Cada pessoa tem o seu tempo!” Ainda assim há uma grande responsabilidade envolvida, ou seja; a de não desperdiçarmos o tempo sagrado de nossas vidas, mas reconhecendo a grande paciência divina que nos dá a oportunidade de conversão construirmos uma nova realidade; “novos céus e nova terra”. O esforço pessoal de mudança será a certeza de um bom encontro com o Senhor por meio de “uma vida pura, sem mancha e em paz”!

Apresentar Cristo ao mundo inteiro.
O Evangelho de Marcos inicia com a missão de João Batista de apresentar Jesus. Ele é o mensageiro, a voz que grita no deserto. Entretanto, neste domingo o silêncio e o grito são dois momentos, que embora distintos, se complementam necessariamente. O silêncio do povo exilado e o grito de esperança na reconstrução da história se atualiza na encarnação silenciosa do verbo no seio de Maria e no grito que chega aos céus por meio dos anjos, dos pastores e de todos nós – enquanto isso esperamos…

João tem uma maneira muito peculiar de ser profeta: resgatando a autoridade vista em Elias, no seu jeito de vestir e desprendendo-se de quaisquer dependências e convenções sociais: morando no deserto e comendo gafanhotos e mel anuncia um batismo de conversão e não toma para si mesmo o mérito, mas, pelo contrário aponta para Aquele que vem do qual não se sente digno de desamarrar suas sandálias!

Desejando que Deus seja todo em todos, em Jesus o bom pastor e Maria nossa mãe.

Por: Pe. Fernando Antonio Carvalho Costa.

Uma resposta

  1. Muito grata Pe. Fernando, pois sua reflexao me ajudara na celebração da Palavra neste segundo mingo do advento.Deus o abençoe pelo seu ministerio e esta belissíma mensagem de esaperança. Em Cristo que abraços marilene

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